Após dois anos de interregno, devido à pandemia da covid-19, a Romaria do Espírito Santo regressa à freguesia de Santo António dos Olivais, amanhã por volta das 14h45, com uma sessão de abertura e terminará a dia 13 de junho com a Procissão ao longo do Largo dos Olivais.
“O espírito desta festividade é o principal motivo da sua manutenção ao longo dos tempos”, confessa Francisco Rodeiro, presidente da Junta de freguesia.
A procura da felicidade, alegria, paz e comunhão com a tradicional festa em honra do padroeiro Santo António é o que caracteriza este evento tão acarinhado tanto pela freguesia que o recebe, como pelo próprio Município, o que leva a que “não seja possível eliminar uma festividade com esta dimensão e este significado para os Conimbricenses”, explica Francisco Rodeiro.
Objetivos para Romaria a longo prazo
O espaço que a Romaria ocupa neste momento é um dos problemas apontados pelos cidadãos, contudo o presidente da freguesia ressalta a importância de a manter naquele local pois “transferir para o Vale das Flores, como já foi sugerido anteriormente, ou para outro lugar da freguesia, teria como consequência a perda da tradição da Romaria sendo que o propósito é mantê-la no sítio onde nasceu, independentemente da dimensão do espaço”. Acrescenta, ainda, que “o que conta é o espírito que esta celebração transmite e a preservação da tradição”.
A par da tradição, de que o designado Cortejo do Imperador é um exemplo, a Romaria abre-se ao espírito tempo, com a introdução de novas áreas de comércio, de novos estilos musicais e de cultura popular.
Após dois anos de interregno
A nível de adesão, acredita que uns largos milhares de cidadãos se desloquem aos Olivais, tendo em conta os dois anos de ausência e o desejo de as pessoas usufruírem do clima de festa que, um pouco por toda a área do Município de Coimbra se vai respirando.
Face aos números, que têm vindo a aumentar, dos casos de covid-19 em Portugal, Francisco Rodeiro aconselha “às boas práticas de higiene já antes utilizadas de forma obrigatória, como o uso de máscara, distanciamento social e desinfeção das mãos”.
A Romaria aos olhos do presidente em 1969
Francisco Rodeiro que, quando veio estudar para Coimbra, no ano de 1969, vivenciou a “antiga” Romaria, destaca que a nível do espaço a mesma ocupava zonas que atualmente estão preenchidas por urbanizações e vias de trânsito.
O autarca confessa que “a espiritualidade do evento é o que conta e o que vai sempre prevalecer no tempo”, salientando que “os Olivais não seriam os Olivais sem a Romaria do Espírito Santo”, remata o presidente.