As obras de requalificação do Largo da Sé Velha começaram anteontem e dão continuidade ao projeto de reabilitação da Alta da cidade, que engloba a Rua e Largo do Quebra Costas e as escadas e beco da Carqueja. Com esta nova fase, que tem um prazo de execução previsto de 330 dias, a Câmara pretende, como explica, valorizar o Largo da Sé Velha e “continuar a melhorar a mobilidade e a segurança pedonal, criar mais esplanadas e organizar a circulação e estacionamento automóvel nesta zona, como previsto no Plano Estratégico de Desenvolvimento Urbano (PEDU) de Coimbra”.
Esta obra implica novos condicionalismos de trânsito e também a nível do estacionamento. De acordo com o Município, começa junto aos locais de restauração e de hotelaria localizados entre a Rua do Cabido e a Rua Borges Carneiro, tendo em conta que há a possibilidade de a tradicional Serenata Monumental da Queima das Fitas, marcada para 19 de maio, se realizar neste largo. Por outro lado, a autarquia quer minimizar o “impacto negativo” que estes trabalhos terão nos estabelecimentos comerciais e de restauração da zona, daí que pretende que a obra seja realizada “o mais rapidamente possível”.
A intervenção no Largo da Sé Velha, adjudicada por 857.248,66 euros, visa reabilitar um espaço urbano de grande importância estratégica no enquadramento histórico e turístico da Alta da cidade. A obra pretende incluir todos os níveis de intervenção no espaço público, que vão da modernização das redes existentes ao nível do subsolo, até à repavimentação integral, passando pela implementação de sistema de recolha de lixos domésticos, criação de zona de estar e plantação de exemplares arbóreos. A Câmara de Coimbra realça que a intervenção tem como objetivo “criar condições que contribuam para a melhoria funcional das habitações, hotelaria, estabelecimentos comerciais e restantes edificações existentes na zona, bem como contribuir de forma decisiva para a agradabilidade geral do espaço”.
A intervenção prevê o aumento da funcionalidade do local, mas mantendo a genuinidade do espaço, recuperando a ideia de praça e estruturando o espaço público, para dar maior protagonismo ao peão, permitindo um usufruto pleno do enquadramento urbano do lugar. A autarquia quer ainda preservar a topografia atual do espaço e reforçar o número de contentores de recolha de lixo associados a suportes fixos, de forma a esbater a sua presença mas garantindo a necessária resposta a quem por ali se movimenta.