Francisca Rodrigues
A Associação Rodinhas de Portugal (ARP) organiza pela quarta vez o Passeio Rodinhas, que permite aos cidadãos com mobilidade reduzida darem a conhecer a sua realidade e mostrarem que apesar da sua condição física conseguem ter uma vida igualmente “normal”.
“O propósito desta iniciativa é integrar e incluir as pessoas com este tipo de limitação na sociedade. Esta ideia surgiu numa das reuniões. Como várias pessoas fazem as “corridas de bicicleta” ou de outro meio de transporte, nós quisemos mostrar que com a cadeira de rodas também seria possível fazê-lo”, explica Pedro Aguiar, um dos membros da direção.
Para participar neste evento tem de efetuar uma inscrição prévia, no site ou no Facebook da associação. É possível inscrever-se até hoje. O custo varia, para sócios são 5 euros e para os não sócios são 10 euros. O valor engloba o almoço e também o kit para a iniciativa (uma camisola e uma mochila).
Apesar da irregularidade da calçada, que “os preocupa”, o trajeto este ano percorre as ruas da de Coimbra, sendo que algumas pessoas veem de fora e não conhecem a cidade.
A novidade este ano são os jogos adaptados que ocorrem pela primeira vez. Os vencedores terão direito a prémios. O primeiro lugar receberá uma jarra com um desenho realizado à mão. Os restantes levarão uns brindes da Associação.
“Quero realçar o apoio da PSP de Coimbra e dos Bombeiros Voluntários de Brasfemes que nos irão acompanhar neste percurso e ajudar-nos no que for necessário”, destaca Pedro Aguiar.
Como combatem as dificuldades dos percursos?
O primeiro evento foi um percurso realizado desde Coimbra até à Figueira da Foz. “Começou no Choupal e fomos até à Figueira sempre na cadeira de rodas e só pararam em Buarcos para o almoço”, contou.
Pedro Aguiar confessou ao Despertar que apesar da dificuldade dos trajetos têm um “complemento que facilita estas iniciativas que é o Batec – que é um apoio que se insere na cadeira de rodas – e com ele é possível combaterem todas as irregularidades sem qualquer problema”. Todos estes eventos que organizam têm como objetivo alertar e prevenir para qualquer eventualidade, sendo que a maior parte dos membros da associação sofreram acidentes de viação, que os impossibilita de andar neste momento.
“O objetivo desta Associação e das respetivas iniciativas a esta inerentes é informar e educar as pessoas face a esta temática. Ajudando-as. E mostrando que pode viver-se uma vida feliz apesar desta incapacidade”, remata Pedro Aguiar.