O Museu Monográfico de Conímbriga, em Condeixa-a-Nova, vai assinalar o Dia Internacional dos Monumentos e Sítios, que se comemora segunda feira, com um programa sobre a relação do clima com a conservação do património.
“Estamos todos os dias a ser alvo do clima”, explicou o Diretor do Museu, Vítor Dias, salientando que “os agentes climáticos são determinantes” para o futuro do adjacente campo arqueológico romano.
Aproveitando esta celebração, o Museu quer promover a salvaguarda do património cultural “contra os impactos climáticos adversos, com soluções sustentáveis e resilientes ao clima, sensibilizando os públicos, reforçando laços identificativos e criando novas aberturas”.
A antiga cidade romana “tem grandes áreas com décadas de escavação”, o que “implica uma gestão a longo prazo e mais ação de conservação e restauro”, defendeu Vítor Dias.
“Os agentes erosivos têm uma ação incisiva na preservação do sítio”, o que exige um “contributo da arquitetura e da arqueologia” através dos trabalhos regulares de conservação e restauro, referiu.
O Diretor do Museu de Conímbriga disse que “já existem problemas de conservação e restauro” com áreas arqueológicas escavadas há cerca de 20 anos.
“O clima também faz mossa no património” da cidade romana, onde vários mosaicos e sepulturas, entre outros achados, “estão expostos há 100 anos”, sublinhou.