19 de Junho de 2025 | Coimbra
PUBLICIDADE

Manuel Antunes abriu em livro fases importantes da sua vida

7 de Dezembro 2023

O mais recente livro do professor Manuel Antunes, intitulado “Uma vida com o coração nas mãos”, foi apresentado ontem (6), no Centro de Congressos do Hospital da Universidade de Coimbra. 

A obra, que também foi apresentada em Lisboa, no passado dia 29 de novembro, foi editada pela Gradiva e conta com o prefácio de Maria de Belém Roseira (ex-ministra da saúde de Portugal) e o posfácio de Carlos Fiolhais (professor catedrático de Física na Universidade de Coimbra)

De acordo com o autor, esta é “uma despretensiosa sequela” da sua Lição de Jubilação, proferida a 20 de julho de 2018, em Coimbra.

O livro assume-se como uma reflexão do cirurgião cardíaco sobre a sua vocação, a sua carreira e toda uma vida dedicada ao Serviço Nacional de Saúde (SNS). Conta com histórias como a descoberta da cirurgia cardíaca nos anos 70 do século XX, em Joanesburgo, na África do Sul, e a criação do centro de cirurgia cardiotorácica, hoje integrado no Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra.

Manuel Antunes, conhecido cirurgião de Portugal, sempre dedicado aos doentes, é ex-diretor do Serviço de Cardiologia Cardiotorácica dos Hospitais da Universidade de Coimbra, sendo atualmente o presidente da Cáritas Diocesana de Coimbra. 

Segundo o jornal “Campeão das Províncias” (que pertence ao grupo Media Centro, do qual “O Despertar” faz parte), na apresentação do volume em Lisboa, Manuel Antunes afirmou que deve ao professor Carlos Fiolhais (também presente na sessão) a escrita desta obra, que se iniciou no dia em que começou a transcrição da Jubilação (a 20 de julho de 2018, dia em que completou 70 anos).

O autor explica ainda que este livro pretende ser “despretensioso” e reconhece que “não é exatamente um livro de memórias, trata-se de um relato de excertos da minha vida por quem a viveu sempre com muita vontade e intensidade, temperada com dedicação e paixão, certamente com muitas faltas pelo caminho, mas orientada para o sentido dos outros”.

“Tentei ser um repórter da história, da minha história. Para se escrever um livro tem de haver motivação, mas neste caso tratou-se de evocar memórias do passado”, realça, citado no “Campeão das Provícias”.

Assim, recusa caracterizar a obra como uma autobiografia, porque “não passou em revista a minha vida toda”. Todavia, diz com orgulho que as suas origens o levaram “a ver o que a vida custa”. “Não sou vaidoso, mas sempre tive um bom grau de autoestima. Acredito nas minhas capacidades. E, tal como Carlos Fiolhais me disse várias vezes, ‘não é vaidade deixar memórias, é uma obrigação e uma maneira de ultrapassar a morte’”.

A fotografia da capa do livro, completa Manuel Antunes, foi tirada a 1 de agosto de 1976 (após completar 28 anos), quando preparava-se para entrar, pela primeira vez, numa sala de operações, em Joanesburgo. O médico conta esta história para explicar que não foi só com o “coração dos outros nas minhas mãos que eu vivi, mas muitas vezes com o meu próprio coração nas mãos”.

Natural da Aldeia de Memória (Leiria), Manuel Antunes “tem marcado indelevelmente a memória de todos aqueles que se têm cruzado consigo, familiares, amigos, alunos, doentes, colegas, mestres, pares e ilustres figuras com responsabilidades na saúde em Portugal. Publicar esta obra era um imperativo para a memória de um país orientado para o progresso humanista”, vincou Helena Rafael, diretora da Gradiva, também citada no “Campeão das Províncias”.


  • Diretora: Lina Maria Vinhal

Todos os direitos reservados Grupo Media Centro

Rua Adriano Lucas, 216 - Fracção D - Eiras 3020-430 Coimbra

Powered by DIGITAL RM