4 de Dezembro de 2024 | Coimbra
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Sansão Coelho

“DAS BADALADAS DA CABRA AO PENEDO DA SAUDADE”

29 de Novembro 2024

Foram comemorados, no último sábado, no Casino Estoril, os 104 anos da Tomada da Bastilha pela Academia de Coimbra. Recordo a mensagem do atual Presidente da Assembleia da República, Dr. José Pedro Aguiar-Branco, enviada a título de Antigo Estudante de Coimbra, e lida para os presentes, e que foi a seguinte:

“Caros amigos, caros doutores!

 

Infelizmente, não posso estar presente nesta feliz ocasião de celebração do espírito coimbrão. Mas associo-me à comemoração dos 104 anos da “tomada da Bastilha”, gesto de insubmissão e irreverência que se tornou parte da nossa tradição académica e da própria identidade coimbrã.

Coimbra não se esquece, porque perdura nas nossas vidas. Trazemo-la connosco, das badaladas da “Cabra” ao Penedo da Saudade; das lições aprendidas às amizades feitas e à formação do nosso caráter. A Coimbra e a cada um de vós, posso dizer: “Não vos digo adeus, porque vos levo sempre comigo”. “

*

Trago esta mensagem às páginas de O Despertar porque é consolador verificarmos que há uma marca afetiva muito forte que fica em todos ou em quase todos os que frequentaram Coimbra, a sua Academia e a sua Universidade.  E isto acontece por parte dos que se assumem como cidadãos comuns ou por aqueles que ocupam lugares relevante no país. A mensagem de José Pedro Aguiar-Branco, segunda figura do Estado, traduz uma forte afetividade ao referir que Coimbra perdura nas nossas vidas. E é inegável e está sobejamente demonstrado. O ESPÍRITO COIMBRÃO está patente, existe e tem força agregadora. Hoje, o país tem diversas instituições de ensino superior, mas os que estudaram ou estudam em Coimbra continuam a estar sujeitos a serem banhados por esta onda de afetos conimbricenses. Ouso dizer que há, por enquanto, uma significativa e justificada diferença entre antigos alunos da Universidade de Coimbra e de outras paragens. De um modo geral muitos desses estabelecimentos, fora de Coimbra, são mais recentes, recentíssimos em relação à multisecular Universidade de Coimbra, e ainda não conseguiram ter a longevidade e longas camadas de licenciados. Entretanto, julgo ser importante que os protagonistas da vida pública portuguesa, se ligados a este Espírito Coimbrão, apresentem e multipliquem provas desta umbilical ligação afetiva. Os ANTIGOS ESTUDANTES DE COIMBRA deviam aglutinar-se com mais eficácia nestas entidades que criaram, umas abertas a Núcleos por Faculdades ou Escolas e noutras que existem há vários anos em Coimbra e fora. A comemoração dos 104 anos da Tomada da Bastilha no Estoril foi uma organização da dinâmica Associação dos Antigos Estudantes de Coimbra em Lisboa, presidida por Fátima Lencastre, e com Ricardo Roque na presidência da Assembleia Geral da instituição. E já agora, referiu o saudoso catedrático Aníbal Pinto de Castro, quando presidente da Associação de Coimbra, que fora da cidade O ESPÍRITO DE COIMBRA TEM MAIS FORÇA e SENTE-SE MAIS E MELHOR.

 


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