25 de Abril de 2025 | Coimbra
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CLARA CORREIA

Carta ao Tio-Avô “O Despertar”

4 de Março 2022

Querido Tio-Avô, espero que esta carta o encontre bem. Cá por casa está tudo bem! É verdade que temos vivido tempos estranhos, que preferíamos não viver, mas quero acreditar que estes tempos nos ajudarão a sermos melhores pessoas…

Começo por lhe dar um grande beijinho de parabéns… que Alegria que é poder celebrar consigo o seu aniversário… que bom que é senti-lo forte, entusiasmado e com tantos projetos… 105 anos, querido Tio-Avô!

É tão giro ver como permanece jovem… sempre me lembro de si assim… a entrar pela nossa casa todas as semanas, apressado, com um grande sorriso e os braços abertos para nos dar aquele abraço que só o Tio-Avô sabe dar. Tantas novidades e histórias nos tem trazido (e continua a trazer) ao longo de todos estes anos…

Quando eu nasci já o Tio-Avô tinha quase a idade que eu tenho hoje… quando eu nasci já o Tio-Avô gostava do “nosso” Olivais… quando eu nasci já o Tio-Avô se emocionava com o som da guitarra de Coimbra… quando eu nasci já o Tio-Avô sofria com a “nossa” Briosa… quando eu nasci já o Tio-Avô andava pela Baixa de Coimbra… quando eu nasci já o Tio Avô tinha nascido há quase 52 anos…

Eu fui crescendo e o Tio-Avô esteve sempre por perto… acompanhou os meus estudos… acompanhou o meu percurso desportivo… nunca me perdeu de vista nos anos em que andei por muitas cidades e alguns países… abraçou-me quando perdemos o Pai Augusto e eu abracei-o quando o Primo Fausto nos deixou… recordamos, com saudade, o nosso amigo Dr. António Arnaut (e muitos outros amigos) …

Deixo para o final uma novidade, muito boa, que tenho a certeza o vai alegrar: já conheço o sabor de ter um sobrinho-neto. Que delícia! O pequenino Guilherme chegou com um sorriso e preparado para receber o nosso abraço… o pequenino Guilherme, que vive no concelho-berço do seu bisavô, é um sol… o pequenino Guilherme é cento e quatro anos e onze meses mais novo do que o Tio-Avô… o pequenino Guilherme é seu sobrinho trineto!!!

Que bom que foi voltar a pegar na canetinha japonesa, juntar letrinhas azuis, e escrever uma carta ao Tio-Avô “O Despertar”.


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