26 de Abril de 2025 | Coimbra
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Aeroporto na Região Centro vai ser tema de nova cimeira entre Leiria e Coimbra

14 de Janeiro 2022

A primeira cimeira entre as comunidades intermunicipais das regiões de Leiria (CIMRL) e Coimbra (CIM RC) não teve na agenda a questão de um aeroporto na Região Centro, que vai ser abordado em novo encontro, em fevereiro.

“Intencionalmente essa questão não foi abordada”, afirmou aos jornalistas o presidente da CIM RC, Emílio Torrão, na conferência de imprensa após a cimeira entre as duas CIM, que se realizou na terça feira, em Ansião.

Emílio Torrão adiantou que ficou acordado que um aeroporto na Região Centro, embora fosse um “tema óbvio” de discussão, é “suficientemente importante, suficientemente complexo, para merecer uma cimeira só quase exclusivamente dedicada” ao assunto.

Segundo o também presidente da Câmara Municipal de Montemor-o-Velho, a questão será objeto de debate numa próxima cimeira, frisando que esta abordou os temas “mais relevantes neste momento, no contexto político atual”.

“Estes são os temas que mais nos preocupam e que têm o sentido de oportunidade certo para serem discutidos nesta cimeira”, declarou, numa alusão às áreas de atuação discutidas nesse encontro, que incluíram, entre outras, a saúde, o conhecimento ou os transportes e mobilidade.

Já o presidente da CIMRL, Gonçalo Lopes, que defende a abertura ao tráfego civil da Base Aérea n.º 5 em Monte Real, concelho de Leiria, adiantou que na próxima cimeira, além de ser abordado o futuro “aeroporto internacional na Região Centro”, vão estar em cima da mesa a descentralização de competências, matéria que “tem deixado bastante preocupados os autarcas da região”.

“Vamos fazer um balanço dessa descentralização e vamos também falar sobre a rede de acessibilidades e economia circular”, acrescentou, referindo que a reunião decorrerá num dos 19 concelhos da CIM RC, em fevereiro.

Questionado sobre a eventualidade de cimeiras com outras comunidades intermunicipais vizinhas, o autarca de Leiria explicou ter ficado definido que o nível de envolvimento das duas CIM “será numa lógica de cooperação estratégica, partilha de conhecimento e de projetos em comum”.

Também Emílio Torrão assegurou a abertura no diálogo com outras CIM.

“Já abordámos outros presidentes de CIM. É evidente que, tematicamente, serão selecionadas as comunidades em função da comunhão de interesses e da similitude de reivindicações”, precisou.

Segundo este responsável da CIM RC, o país só tem “a ganhar com a afirmação desta região [Centro]”, reafirmando disponibilidade para “alargar a discussão para outras CIM”.

Sobre o facto de haver nas CIMRL e CIM RC duas candidatas a Capital Europeia da Cultura 2027 – Coimbra e Leiria –, Gonçalo Lopes referiu tratar-se de duas candidatas fortes no país para “poderem passar à ‘short list’ [lista pequena] que irá ser decidida dentro de muito, muito pouco tempo”. Sublinhou que o desejo manifestado pelas duas CIM “é que passem as duas cidades, quer Coimbra, quer Leiria”. Caso só passe uma, assegura que “estamos disponíveis para cooperar, porque é esse o nosso objetivo”.


  • Diretora: Lina Maria Vinhal

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