O volume de negócios das 50 maiores empresas do concelho de Penacova ultrapassou os 118,43 milhões de euros no ano passado, cerca de mais sete milhões do que em 2018, segundo os dados da Informa. O concelho regista assim um crescimento em termos económicos, sendo de realçar a importância que estas empresas têm também a nível de emprego, assegurando 978 postos de trabalho.
No topo desta tabela não há grandes alterações a registar, com as mesmas três empresas a manterem-se na liderança nos dois últimos anos. Assim, a Águas das Caldas de Penacova, S.A, continua em primeiro lugar, tal como no ano anterior, registando um volume de negócios de mais de 21,82 milhões, o que representa um crescimento de perto de dois milhões, em termos percentuais cerca de 9,94 por cento.
No segundo lugar da tabela também não há mudanças. A JTSL – Soluções Técnicas Manutenção Metalomecânica, S.A. mantém-se nesta posição, com um volume de negócios de cerca de 13,47 milhões.
A Supertábua – Supermercados, Lda continua também na mesma posição do ano anterior, na terceira, com uma faturação de mais de 6,84 milhões.
A novidade surge no quarto lugar, agora ocupado pela Veiga Lopes II, Unipessoal, Lda, que não constou na listagem do ano anterior e que aparece na atual com um volume de negócios de 6,55 milhões.
Segue-se a Simetriaxial – Metalomecânica, Lda na quinta posição, com 6,53 milhões; a Veiga Lopes, S.A. em sexta, com 5,77 milhões; a Macop – Materiais de Construção, S.A. em sétima, com 5,07 milhões; a Fozvias, Unipessoal, Lda em oitava, com 3,8; os Transportes Rodoviários de Mercadorias de Aguieira, S.A. em nona, com 3,76; e a Cortitrans – Sociedade de Madeiras e Transportes, Lda em décima, com 3,15 milhões.
A nível do emprego, neste ranking há duas empresas que empregam mais de uma centena de pessoas, nomeadamente a JTSL – Soluções Técnicas Manutenção Metalomecânica, S. A. com 202 postos de trabalho; e a Simetriaxial – Metalomecânica, Lda, com 136. No top cinco a nível de emprego estão ainda a Águas das Caldas de Penacova, S.A., com 79 postos de trabalho; os Transportes Rodoviários de Mercadorias de Aguieira, S.A., com 59; e a Veiga Lopes, S.A, com 49.
A nível de setores de atividade, o mais representado é o do construção com 13 empresas. Seguem-se os setores do comércio grossista, do retalho e dos transportes, três áreas representadas por oito empresas cada. Destaque, ainda, para o setor da agricultura, pecuária, pesca e caça, com quatro empresas.
Penacova tem potencial para continuar a crescer
O tecido empresarial tem crescido, consideravelmente, nos últimos anos em Penacova. O presidente da Câmara, Humberto Oliveira, realça que este crescimento “é visível em todos os indicadores”, continuando o Município a apostar na criação de condições favoráveis à fixação de mais empresas no concelho.
“Na última década conseguimos dar um salto, ainda não é o desejável, mas temos potencial para poder fazê-lo, nomeadamente com a instalação de novas unidades empresariais e com a ampliação dos nossos parques empresariais e criação de outros”, frisa.
Neste momento, o concelho de Penacova conta com dois parques empresariais na zona da Espinheira, um na Alagoa (junto ao IP3), um nos Covais (Travanca do Mondego) e está agora a desenvolver, como adianta o presidente, um novo na zona do Lavradio, também na União de Freguesias de Oliveira do Mondego e Travanca do Mondego.
“Estamos a trabalhar na melhoria e na ampliação dos nossos parques empresariais. Claramente que com o crescimento das empresas que já existiam e com a instalação de algumas novas temos conseguido melhorar significativamente nos últimos anos os números e os rácios ao nível dos vários indicadores económico e financeiros das empresas”, realça.
A maioria das empresas que integram esta lista das 50 maiores de Penacova empregam sobretudo população do concelho, um facto que Humberto Oliveira enaltece, uma vez que é o trabalho que ajuda a fixar pessoas. A nível de setores de atividade, diz que, “historicamente, a construção civil continua a ser um dos principais setores do concelho”, tendo Penacova “muita tradição nessa área”.
Lamenta, contudo, que essa “maior representatividade da construção” não se reflita no crescimento populacional. De facto, a nível da habitação Penacova segue a tendência de muitos concelhos do país e continua a perder habitantes. “Infelizmente, nesse aspeto, não fugimos muito à regra da região. Há algumas exceções mas, de facto, continuamos a perder população. O saldo natural não é compensado pelos saldos migratórios, nalguns anos recentes até foi prejudicado e, portanto, somos um território que continua a perder população”, assume. O autarca considera mesmo que “esse será o grande desafio da próxima década” e está convicto que “a criação de empresas e emprego ajudará a fixar as pessoas, uma vez que a tendência é instalarem-se no centro mais próximo do local onde trabalham”.
“O concelho de Penacova tem muito por onde crescer. Estamos a trabalhar nesse sentido e esperamos ter, nos próximos anos, a capacidade de resposta à necessidade de instalação de mais empresas porque isso é fundamental para o desenvolvimento deste território”, frisa.