Um aniversário é sempre um momento de emoção. Festejar 105 anos extravasa em muito esse sentimento porque só com muita dedicação, luta, perseverança e, acima de tudo, com muito amor é possível chegar tão longe.
Nos últimos anos, temos dedicado semanalmente um “cantinho” especial aos nossos Assinantes, Anunciantes, Leitores e Amigos. Um espaço de conversa simples, próxima, onde, acima de tudo, agradecemos por nos acompanharem e ajudarem nesta longa caminhada e onde, de forma carinhosa, lhes desejamos que tudo corra bem.
Hoje, nesta edição comemorativa dos 105 anos d’ “O Despertar” queremos dar um ABRAÇO bem apertado e sentido a todos os nossos Colaboradores. Ao longo de todos estes anos, muitos foram os que fizeram das páginas deste jornal a sua voz, através dos seus textos regulares. Infelizmente, como é lei da vida, foi com profunda tristeza que vimos alguns partirem, deixando-nos mais pobres e doridos, como ficamos sempre que perdemos um familiar ou amigo.
E é de família, no verdadeiro sentido do termo, de que falamos quando evocamos os nossos Colaboradores. De todos eles! Desde o mais velho, Manuel Bontempo, ao jovem Vasco Francisco que, nos seus 26 anos de idade, já está connosco há sete.
Manuel Bontempo começou a sua colaboração há 70 anos. Era então um jovem quando aqui chegou e, por muito que tenha viajado, tendo estado mesmo largos anos fora do país, foi sempre uma presença regular nas páginas do “seu” – como se orgulha de dizer – “O Despertar”. Foi com profunda emoção que participou nas celebrações das Bodas de Ouro, nas Bodas de Diamante e, há cinco anos, no Centenário. Hoje como no passado, os olhos brilham quando diz que “O Despertar” é “um amor sacro santo” para si, “uma fibra sensitiva no seu corpo e espírito” e uma “fórmula de amor” que o irá “acompanhar para todo o sempre”.
“Bebemos”, de forma emocionada, as palavras de Bontempo, assim como, semana após semana, nos congratulamos com a dedicação e carinho de todos os nossos Colaboradores. Seja pelo telefonema que surge, pelo email regular ou pelas mensagens que, com ou sem texto para aquela edição, nos mostram que estão sempre aqui.
E se Manuel Bontempo está connosco há 70 anos anos, outros há que para lá caminham e que partilham da mesma afeição e ternura por este projeto editoral que une e apaixona gerações e que connosco caminham eternamente… João Baptista, Sansão Coelho, Lucinda Ferreira, Alda Belo, Clara Correia, António Inácio Nogueira, Vasco Francisco, Alice Luxo, João Pinho e Orlando Fernandes são nomes que todos reconhecem facilmente das páginas do nosso jornal. São os Colaboradores que se tornaram amigos e a quem consideramos família.
Então e o nosso Chico Melenas? – perguntarão. Não, não nos estamos a esquecer dele. Ao sr. Joaquim Belisário Borges, que todas as semanas nos surpreende e nos faz sorrir – e/ou refletir – com o seu cartoon, o nosso muito, muito obrigada. E agradecemos não só pela sua arte e criatividade, mas também pela preocupação que tem em nos fazer chegar o “Chico” atempadamente, pelo esforço hercúleo que tantas vezes teve para, quando a tecnologia não ajudou, encurtar a distância entre Lousã e Coimbra e garantir que o jornal não seguiria para a gráfica sem o seu “Melenas”…
A todos só podemos dizer muito, muito OBRIGADA, pelo carinho, pela dedicação e pelo amor que todos nós partilhamos pelo nosso “O Despertar”.
Zilda Monteiro