As comemorações em honra do nascimento da rainha Isabel de Aragão, mais conhecida como rainha Santa Isabel, padroeira de Coimbra, iniciaram-se na terça feira, dia em que nasceu. As festividades irão prolongar-se durante o ano.
O seu aniversário é celebrado com ações de graças, visto que é este o tema que serve de âncora ao culto divino e à adoração da Santa.
Vão ser realizadas as procissões nos dias 9 e 12 de julho e uma gala a antecipar as festas, como já é habitual, de dois em dois anos. Dia 11 do mesmo mês será celebrada uma missa especial, onde irá estar presente o coro que normalmente anima as celebrações dominicais.
No âmbito dos festejos, irão abrir novas inscrições no que diz respeito à devoção domiciliária, que decorre desde o ano passado, e que consiste na adoração de uma relíquia da rainha Santa Isabel, com a oportunidade de ser venerada em casas particulares ou instituições, dando preferência aos membros da confraria.
Segundo Joaquim Costa e Nora, presidente da mesa da Confraria Rainha Santa Isabel, o objetivo do prolongamento das celebrações não significa “que queremos fazer da devoção da rainha Santa, uma corrida de cem metros. É uma maratona que se vai prolongando no tempo, mas claro que tem de haver um limite”.
O presidente realça, ainda, que “havia pessoas em que os períodos que pediam se sobrepunham” e outras que “se inscreviam e não vinham cá buscá-la”, explica.
A relíquia já saiu da cidade e está presente, muitas vezes, em festas dedicadas aos padroeiros das localidades. Já esteve em Conímbriga e Condeixa e, por iniciativa da Confraria, foi durante alguns dias para as festas do Espírito Santo, em Ançã, a propósito da peregrinação, cujo qual a rainha Santa Isabel era devota.
Para a instituição, existem três grandes datas comemorativas: 4 de julho, data do falecimento da rainha Isabel, onde o mosteiro era cedido para que a cidade pudesse fazer a festa da sua padroeira; 29 de outubro, transladação do corpo de Santa Clara-a-Velha para Santa Clara-a-Nova, uma festa do mosteiro onde só compareciam as autoridades eclesiásticas da diocese, que embora tenha caído em desuso foi assinalada o ano passado e está prevista acontecer também este ano e, por fim, 6 de janeiro, dia da “epifania do senhor”, visto que a Confraria presta culto primeiramente a Deus e só depois aos santos.
Além das celebrações litúrgicas, a instituição está a ponderar realizar uma exposição, com o local ainda por definir. Visto que o 4 de julho, além de ser dia da padroeira, é também Dia da Cidade e, por isso, feriado municipal, as comemorações vão ter, como habitualmente, uma colaboração da autarquia.
No entanto, segundo o presidente, existem outras datas que permitem celebrar o aniversário da padroeira em dois anos consecutivos.
Obras e a exposição da mão
Este adianta que a Câmara Municipal vai fazer obras na Calçada Rainha Santa Isabel e, na sequência disso mesmo, talvez “a procissão de regresso não dê a volta, mas a suba diretamente como se fez há quatro anos. Tudo depende dos homens do andor, que darão a sua resposta em reunião definitiva.”
Em relação à exposição da mão, a Confraria tem estado sob uma grande pressão para que tal aconteça este ano. Além de ser necessária a autorização do bispo, existe também o problema das obras, que poderá dificultar os acessos. No entanto, apesar de ainda não estar assegurado, a ideia da Mesa da Confraria é que a exibição se faça no próximo ano.
É possível que durante a procissão estejam a decorrer obras, não na calçada, mas no pavimento, infraestruturas sanitárias e elétricas.
Joaquim Costa e Nora aproveita para sublinhar que “não há dúvida que Santa Isabel deixou um marco muito grande aqui em Coimbra”.