O Cemitério da Conchada está aberto a visitas guiadas, que convidam a descobrir as suas memórias, arte e cultura. Promovidas pela União de Freguesias (UF) de Coimbra, estas visitas vão decorrer até 9 de março, às terças e quintas feiras, das 10h00 às 12h00 ou das 14h00 às 16h00. A participação é gratuita, mediante inscrição obrigatória, até três dias úteis antes da realização da visita, através do telefone 239 095 439 ou do e-mail ufcoimbra@gmail.com.
Ao longo de cerca de duas horas, os visitantes podem conhecer este cemitério oitocentista que, como explica o presidente da UF, João Francisco Campos, “reúne obras de arte fantásticas que podem ser apreciadas por todos”.
Esta iniciativa surge no âmbito de uma parceria com Sara Madeira, vindo dinamizar a temática do Turismo Cemiterial. “O Turismo Cemiterial é um tema emergente na Europa e nós, enquanto executivo, também o estamos a debater. Nesse sentido, achamos que é muito importante que as pessoas visitem o Cemitério da Conchada e conheçam os seus pontos de interesse”, realça o presidente.
Com um limite máximo de 25 participantes por cada horário de visita, o percurso inclui um total de 21 pontos de interesse (jazigos e mausoléus) que, segundo a orientadora das visitas, Sara Madeira, são representativos da relevância patrimonial, cultural, artística, histórica e identitária de Coimbra.
De uma forma geral, estas visitas dão a conhecer o património e história do Cemitério da Conchada, bem como as tradições e os contextos sociais e políticos que marcam a sua existência.
“Existe alguma relutância em relação ao entendimento e perceção da morte. Com estas visitas pretende-se desmistificar essa ideia, ou seja, não apreender o cemitério como um espaço fatalista e inevitável mas percecioná-lo num contexto de reconhecimento da memória e da identidade” , realça Sara Madeira.
Gratuitas e interativas, estas visitas, designadas como Rota de Turismo Cemiterial no Cemitério da Conchada, abordam, como explica a responsável pelas visitas, este espaço de uma forma abrangente e integradora, enaltecendo as suas vertentes artísticas, sociais e históricas, promovendo assim não só a “memória e identidade conimbricenses” mas também a “herança cultural e patrimonial da cidade”.