UI, UI, ACADÉMICA/OAF
Quando ANTÓNIO OLIVEIRA treinou a Académica/OAF na segunda divisão formulou uma comparação dizendo que a Académica era igual ao Benfica na primeira divisão em que todos lhe queriam ganhar e, por isso, os opositores, transcendiam-se. Sem dúvida que a presença da BRIOSA nos diversos campos do país atrai público e prestigia o espetáculo e, inequivocamente, o desejo dos adeptos e dos jogadores dos clubes adversários em venceram o emblema de Coimbra é forte. Recordo-me de um clube de Castelo Branco – julgo não estar em erro -, ter conseguido um mero empate no Municipal de Coimbra frente à Briosa e festejou esse resultado como se da conquista de um título se tratasse. Pelo exposto verifica-se que a ACADÉMICA/OAF tem uma tarefa hercúlea para regressar à liga 2 e, depois, à liga 1. Os clubes que jogam em Coimbra lutam por uma vitória frente à Académica porque é uma associação histórica no futebol português. Os seus adversários atuam vestindo smoking e fato macaco ao mesmo tempo. Transfiguram-se em lordes por jogarem com um ARISTOCRÁTICO e sujam as mãos e a cara para atuarem, igualmente, como operários, afinando as suas máquinas e artefactos para descobrirem, até à exaustão, como ganhar à VETUSTA BRIOSA o que é, para eles, um FEITO, UM ATO DE GLÓRIA. Como sabemos a Académica tem, ainda, na grandiosidade do Estádio Cidade de Coimbra, quase um opositor pois os adeptos estão longe do retângulo e dos jogadores o que pode justificar tantas derrotas em casa na Fase de Subida, agora a terminar. Recentemente, Francisco Andrade, técnico conceituado com longa carreira, opinava, e julgo não errar, no sentido de ser conjugada a experiência com a juventude e, se bem entendi, aponta para três áreas sensíveis que devem ficar nas mãos de jogadores experientes: um central, um médio e um ponta de lança. Espero estar a traduzir com fidelidade o articulado de Francisco Andrade. É preciso ouvir protagonistas experientes do futebol para traçar objetivos sólidos. Não faltam motivos de reflexão para dirigentes e treinador da Académica. Não está fácil o panorama e bem podemos clamar: UI, UI, ACADÉMICA. Foi desolador não ter conseguido a subida nesta temporada.
AEROPORTO EM ALCOCHETE… E NO CENTRO?
Vamos ficando cada vez mais distantes da capital e do futuro aeroporto que será, segundo recentes notícias, em Alcochete. Talvez sejam, de Coimbra até aquela vila do distrito de Setúbal, mais dez a vinte quilómetros do que ao aeroporto Humberto Delgado, mas é, efetivamente, mais longe do que a Portela… nem que fosse uma meia dúzia de metros. O Centro de Portugal precisa de um aeroporto e teria sido, na minha ousada opinião, uma grande oportunidade, uma aposta em Santarém. Ganharia o Estado porque havia investimento privado, ganharia a Região Centro, ganhariam cidades como Coimbra, Fátima (não esquecer o grande fluxo do turismo religioso), Leiria e Figueira da Foz. E ganharia o Interior da Zona Centro quase sempre tão esquecido. As entidades da nossa região não podem baixar os braços e devem começar, de imediato, a PROJETAR O FUTURO AEROPORTO DO CENTRO DE PORTUGAL. Este jornal, O DESPERTAR, como defensor dos interesses de Coimbra e da Região, tem condições para incentivar o projeto.