Coimbra recebeu pela primeira vez na passada quarta-feira (10), um encontro realizado pela empresa Timeleft.
A Timeleft surge em Portugal com o objetivo de combater a solidão urbana, fazer amigos, e proporcionar aos participantes conversas informais, onde todos são desconhecidos, sendo o objetivo comum estabelecer um momento de convívio. Neste momento atua em quatro cidades portuguesas, entre as quais, Lisboa e Porto, desde 2023, e Coimbra e Braga, que são as novidades deste início de ano.
Os encontros, que normalmente se realizam em forma de jantar, decorrem uma vez por semana, sempre à quarta-feira. Para participar basta responder a um inquérito de personalidade no site da Timeleft, para que a empresa possa reunir informações, de modo a juntar pessoas com gostos e personalidades minimamente parecidos.
Ricardo Amaral, manager da Timeleft, garantiu que a empresa não pretende formar casais, como faz por exemplo a aplicação Tinder. Segundo o empresário, a Timeleft é “um aplicativo para ajudar as pessoas a combater a solidão urbana”.
Conforme informou a organização do evento, 70% dos participantes têm idades compreendidas entre 27 e 40 anos, sendo 73% dos envolvidos de nacionalidade portuguesa.
De acordo com Ricardo Amaral, os jantares juntam grupos de seis pessoas, divididas por vários restaurantes espalhados pela cidade. Na maioria das vezes, a mesa é constituída por três pessoas do género feminino e outras três do sexo masculino.
Naquele que foi o primeiro encontro na cidade de Coimbra participaram 50 pessoas.
“A Cozinha da Maria”, na Praça do Comércio, “OAK food”, “Il Tartufo” e “Restaurante Sete”, na baixa de Coimbra, foram os locais escolhidos pela equipa para os encontros. Dentro daquelas que são as opções de restaurante, o local da refeição é selecionado aleatoriamente, de acordo com aquilo que foi respondido pelos inscritos no questionário.
Em conversa com o jornal O Despertar, Ricardo Amaral explicou que apesar de, regularmente, marcarem presença nos eventos pessoas que anteriormente já o tenham feito, há sempre alguém que ainda não conhecia o conceito.
Os bilhetes de acesso aos encontros dividem-se em passe único (12,99 euros), passe mensal (19,99 euros), passe trimestral (49,99 euros) e passe semestral (69,99 euros).
O encargo do jantar fica por conta do participante, apesar de o valor ser dividido entre todos os presentes na mesa.
No final de cada jantar, é necessário responder a um questionário, para que a equipa possa perceber os pontos fortes e pontos fracos de cada evento realizado. Neste questionário é pedido às pessoas que dêem opinião acerca da compatibilidade que sentiram com os indivíduos com os quais conviveram no jantar. Além disso, é-lhes pedido que avaliem a qualidade do restaurante (comida, atendimento e valor da refeição).
O manager da empresa contou que nos feedbacks que recebem “as pessoas dizem que os encontros as ajudam a fazer novos amigos, a conhecer novas pessoas e a lidar com a ansiedade”.
Apesar de, na maioria, as opiniões serem positivas, há sempre quem não veja as coisas dessa forma.
“Quanto mais as pessoas participam e dão feedback, melhores ficam o algoritmo e a composição das mesas”, rematou Ricardo Amaral.