19 de Junho de 2025 | Coimbra
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SRCOM assinala dia do médico com cerimónia de homenagem

23 de Junho 2023

A antiga Igreja do Colégio da Trindade, em Coimbra, recebeu, no passado domingo, uma cerimónia de homenagem aos médicos que completaram 50 e 25 anos de inscrição na Ordem dos Médicos. 

Além destes profissionais de saúde, inscritos em 1973 e em 1998 na região de Coimbra, também foram agraciados com medalhas alguns médicos de outras regiões e sub-regiões, que igualmente se inscreveram há 50 e há 25 anos.

O atual bastonário da Ordem dos Médicos, Carlos Cortes, foi um dos homenageados. O médico patologista clínico conquistou a maioria dos votos na 2.ª volta das eleições para o cargo: obteve 61,94% dos votos, totalizando 11.176 votos. Esta é a maior votação já registada na história da segunda volta das eleições para bastonário. 

Carlos Cortes, que ocupou a presidência da Secção Regional do Centro da Ordem dos Médicos (SRCOM) durante nove anos, assumiu o cargo de bastonário no período de 2023 a 2025.

A cerimónia de homenagem foi uma forma da SRCOM assinalar o Dia do Médico, celebrado a 18 de junho. 

Os profissionais que completaram “bodas de ouro e de prata” na carreira “representam duas gerações diferentes, mas que, no respetivo contexto, muito têm contribuído para a saúde dos portugueses”, afirma a SRCOM. 

“A esta geração com 50 anos de carreira devemos a construção e consolidação do SNS (Serviço Nacional de Saúde), seguramente a consequência da revolução de Abril que, de um modo mais global e efetivo, se fez sentir na população. Foi esta geração que levou médico até aos locais mais recônditos do país, onde, através do serviço médico à periferia, pela primeira vez alguns viram um médico e puderam ser tratados segundo a Legis Artis”, completa.

A entidade destaca, também, o trabalho executado pelos que completam 25 na profissão, pois têm sido a geração a “suportar um SNS em franca decadência, para a qual não foram encontrados antídotos”.

Segundo a SRCOM, o Serviço Nacional de Saúde foi construído “com muito gosto, dedicação e competência” dos médicos e por isso a homenagem prestada a estas duas gerações deverá ser extensiva a todos os médicos, pois foi com eles que o SNS “atingiu elevada qualidade, reconhecida a nível nacional e internacional”.

A SRCOM lamenta, entretanto, que o Serviço de Saúde “não se tenha adaptado às exigências científicas, sociais e organizacionais que uma sociedade moderna exige”. Como resultado, citam médicos desmotivados (“por falta de carreira, más condições de trabalho e deficiente remuneração”), que optam trabalhar no privado ou no estrangeiro, “falta de médicos no SNS, embora não no país” e “deficitários cuidados de saúde prestados à população”.

“É por isso importante que no dia do médico se apele à revitalização do SNS através de uma reforma da sua organização, que passe, para além de outros aspetos, pela revalorização das carreiras médicas, melhoria das condições de trabalho, com estímulo à formação profissional e inovação, valorização da liderança médica e melhoria das condições remuneratórias”, defende.


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