23 de Abril de 2025 | Coimbra
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Planalto do Ingote quer Centro Cívico em vez de mais habitação social

11 de Março 2022

As Associações de Moradores do Bairro António Sérgio, Bairro da Rosa, Rua Cidade S. Paulo e Bairro do Monte Formoso, da União das Freguesias de Eiras e S. Paulo de Frades, estão contra a construção de um novo edifício de habitação social naquele área de Coimbra

Aquelas associações reuniram-se, anteontem, no Planalto do Ingote para manifestar a oposição à obra da Câmara Municipal, um prédio com 32 fogos, num investimento estimado de 2,4 milhões de euros, a edificar na Rua Cidade de Cambridge.

As associações de moradores alertam para o facto de já “existir uma excessiva concentração de habitação social neste território”, realçando que somente os bairros sociais do Ingote e da Rosa já são compostos por 440 fogos.

“Esta excessiva concentração de pessoas mais carenciadas numa área delimitada consubstancia aquilo que os académicos conceptualizaram como ‘espacialização da pobreza’ e constitui uma política contraproducente e errada, conduzindo a uma injustificável e intolerável segregação e guetização da população”, argumentam.

Conforme referem as associações de moradores, o Planalto do Ingote “não precisa de mais habitação social, mas sim da construção do Centro Cívico para dotar aquele território de espaços de cultura, lazer e social que tragam melhor qualidade de vida aos moradores”.

Recorde-se que a Câmara de Coimbra aprovou no dia 21 de fevereiro, por maioria, com a abstenção dos vereadores do PS, uma proposta de anteprojeto de construção de um novo edifício de habitação social no Bairro da Rosa, com 16 unidades T1 e outras tantas unidades T3.

Na reunião da Edilidade desta segunda feira, o presidente da autarquia, José Manuel Silva, reiterou que este projeto é para avançar, assim como outros no concelho, sublinhando a necessidade de “apoiar pessoas sem capacidade financeira para suportar o custo do acesso a uma habitação adequada, no âmbito da Estratégia Local de Habitação”, um programa que prevê investimentos de 60 milhões de euros nos próximos seis anos.

Também a vereadora Ana Bastos reiterou que o Centro Cívico é para avançar, estando em fase de adjudicação a revisão do projeto, idealizado há 18 anos pelo arquiteto Carrilho da Graça e a necessitar de alterações e atualizações.


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