“De Fernão se fez António” é o tema da exposição que vai poder visitada domingo, a partir das 14h30, no Mosteiro de Santa Cruz. Estas visitas guiadas, de cerca de 20 minutos, são um dos pontos altos do programa agendado para esse dia e que integra o Jubileu de Santo António e dos Mártires de Marrocos, concebido pelo Papa Francisco à Diocese de Coimbra.
A exposição vai apresentar, na Antiga Livraria do Mosteiro de Santa Cruz (galeria superior do Claustro do Silêncio), um acervo de mais de 40 obras de arte, provenientes, na sua maioria, dos museus nacionais de Arte Antiga (Lisboa), Machado de Castro (Coimbra), Grão Vasco (Viseu), Soares dos Reis (Porto) e Frei Manuel do Cenáculo (Évora), bem como peças do Arquivo e Biblioteca Geral da Universidade de Coimbra, Seminário Maior de Coimbra, Igreja de Santo António dos Olivais e Igreja de Santa Cruz, além de outras paróquias e coleções particulares.
O programa inclui, ainda, às 16h00, o lançamento de um documentário sobre a Exposição Jubilar, com divulgação simultânea nas redes sociais. O documentário conta com a participação da diretora do Museu Nacional de Machado de Castro, Ana Alcoforado, e do Bispo de Coimbra, D. Virgílio do Nascimento Antunes. A visita guiada pelos tesouros expostos é orientada por Virgínia Gomes, curadora da exposição e conservadora do Museu Nacional de Machado de Castro, numa abordagem museológica e museográfica, e pelo Padre Francisco Prior Claro, membro da comissão executiva do Jubileu 2020, numa perspetiva espiritual.
Esta exposição, inserida no âmbito do Jubileu de Santo António e dos Mártires de Marrocos, decorre de uma parceria que junta os museus nacionais Machado de Castro (MNMC) e de Arte Antiga (MNAA) com a comissão organizadora do Jubileu 2020.
Este núcleo no Mosteiro de Santa Cruz, patente até 17 de janeiro de 2021, centra-se na figura de Santo António, desde a sua vocação, abordando a formação e juventude em S. Vicente de Fora (Lisboa) e em Santa Cruz (Coimbra), até ao momento da mudança de Cónego Regrante de Santo Agostinho para Frade Menor, em que assume a sua missão e testemunho do martírio e, finalmente, a sua universalidade, através do culto por diferentes povos e com formas diversas de expressão.
Entre os vários tesouros artísticos ganham especial destaque, entre as esculturas, uma escultura luso-flamenga da segunda metade do século XV, representando São Francisco de Assis a receber os estigmas, e uma escultura de Santo António revestido das vestes doutorais de Coimbra, do século XVII. A sala de exposições é presidida pelo impressionante Tríptico de Vasco Fernandes (Grão Vasco), “Lamentação sobre Cristo Morto, São Francisco e Santo António”.
O programa prossegue com o canto de Vésperas na Igreja de Santa Cruz, às 17h00, logo seguido de concerto no órgão de tubos histórico, pelo organista João Guerra. O concerto será dedicado às “Flores de música e o seu tempo”, na senda das comemorações do quarto centenário da publicação da maior obra organística portuguesa: Flores de musica: pera o instrumento de tecla, & harpa, pelo pe. Manoel Rodrigues Coelho. Do programa constam ainda obras de Correa de Arauxo, Sweelinck e Frescobaldi.
O programa celebrativo deste domingo jubilar encerra às 18h00, com a eucaristia presidida pelo Bispo de Coimbra, D. Virgílio do Nascimento Antunes.