Milhares de voluntários estão nas ruas, de hoje a terça feira, para recolher fundos para a Liga Portuguesa Contra o Cancro (LPCC). A instituição realiza o seu tradicional peditório nacional, iniciativa que assegura a sua maior fonte de receita anual, determinante para que possa continuar a desenvolver o seu trabalho no apoio aos doentes oncológicos e familiares.
Este peditório tem grande expressão na região Centro, uma vez que o Núcleo Regional do Centro (NRC) da LPCC engloba 78 concelhos. De acordo com a secretária-geral, Natália Amaral, o Núcleo tem disponíveis 6.000 cofres para esta iniciativa, tendo sido lançado um forte apelo ao voluntariado, recordando que todos podem ajudar (com umas horas ou dias) nesta causa.
Com o mote “Jogue em equipa com o melhor do mundo”, esta campanha volta a ter como embaixador o futebolista Cristiano Ronaldo e pretende envolver a sociedade nesta causa solidária, sendo todos os donativos importantes para ajudar o NRC não só no apoio hospitalar que assegura como também nos vários apoios sociais e nos projetos que desenvolve.
Natália Amaral recorda que houve uma quebra significativa nas receitas no peditório do ano passado, fruto do contexto de pandemia. Espera que este ano seja já de maior normalidade e deixa uma mensagem de confiança às pessoas, assegurando-lhes que podem fazer os seus donativos com a certeza de que a verba reverte diretamente para a LPCC, estando cada um dos cofres “devidamente identificado e selado”.
A secretária-geral do NRC lembra que a pandemia trouxe dificuldades acrescidas, sobretudo a nível social, tendo-se verificado um aumento de cerca de 40 por cento nos pedidos de ajuda. Os serviços da Liga permaneceram sempre em funcionamento, adaptando-se aos tempos e às necessidades dos doentes e famílias, de forma a poderem garantir sempre as necessárias respostas, com a exceção do voluntariado hospitalar. Dada a fragilidade dos utentes dos hospitais e o risco de contágio, esta resposta teve que ser interrompida mas está já a funcionar em pleno, há alguns meses, tanto no Instituto Português de Oncologia de Coimbra como nos Hospitais da Universidade.