Durante uma visita às obras do Sistema de Mobilidade do Mondego, que decorreu na sexta-feira (12), João Marrana, presidente da Metro Mondego, revelou que a primeira fase desta obra, entre Serpins (concelho da Lousã) e a Portagem (concelho de Coimbra), entrará em funcionamento no final do ano.
“A nossa expetativa é que no final do corrente ano se possa colocar em serviço a primeira fase, operando o MetroBus entre Serpins e a Portagem”, evidenciou.
Nesta ocasião, João Marrana fez o ponto de situação do projeto, que tem atualmente em curso quatro empreitadas das infraestruturas de base da responsabilidade das Infraestruturas de Portugal (IP), bem como a empreitada de fornecimento de sistemas técnicos, adjudicada pela IP e pela Metro Mondego.
Em curso está também a intervenção no canal da Baixa da cidade de Coimbra, o fornecimento de material circulante e dos respetivos sistemas de carregamento, o fornecimento e instalação dos abrigos de passageiros, a empreitada de construção dos postos de transformação, o fornecimento do sistema de bética e a construção do parque de materiais e oficinas.
“Todas estas intervenções, que correspondem a um investimento global de cerca de 200 milhões de euros, são um pouco como as peças de um relógio. Podem ser maiores ou menores, mas todas têm que estar prontas e no seu lugar para que o sistema possa funcionar”, sustentou.
No entanto, o responsável afirma que para que a primeira fase das obras esteja concluída, “muitos passos importantes terão ainda de ser dados”. Entre eles figuram a conclusão da componente das instalações físicas da empreitada entre Serpins e Alto de João e Alto de São João e Portagem, bem como ultimar a colocação dos abrigos e terminar a empreitada do parque de materiais e oficinas.
No que concerne aos equipamentos e sistemas, será necessário efetuar a receção e os testes de integração dos veículos, num total de 35, “o que deverá acontecer a partir do próximo mês”.
Para João Marrana, a colocação em serviço do Metrobus irá melhorar de forma muito expressiva as ligações entre Coimbra, Lousã e Miranda do Corvo.
“Vai servir uma procura da ordem dos 13 milhões de passageiros por ano. Vão ter acesso a um meio de transporte transporte acessível, oferecendo um elevado padrão de conforto, com uma frequência muito superior à atual e articulando-se com os restantes operadores através de um sistema de bilhete e tarifário integrados”, apontou.
João Marrana destacou ainda que, para além da população passar a dispor de melhor mobilidade, a região terá também maior atratividade.
“A pegada ecológica do sistema de transporte irá ser expressivamente reduzida”, concluiu.