A Fundação ADFP, sediada em Miranda do Corpo, acolheu duas famílias e uma jovem de 17 anos do Afeganistão, num total de nove cidadãos dos 251 que Portugal acolheu através do corredor de emergência aberto após a ocupação dos talibãs.
Estes cidadãos estão instalados em dois apartamentos no Edifico do Cinema, a Residência Paz. De acordo com a Fundação, nestas famílias encontram-se três das jogadoras da seleção de futebol feminina do Afeganistão, que devido à restrição de vistos, quatro por jogadora, tiveram que deixar elementos do agregado familiar para trás.
Os mais jovens, entre os 16 e 20 anos, já se encontram, uns, integrados no Agrupamento de Escolas de Miranda do Corvo, outros terão que ser encaminhados para um Centro Qualifica. No Agrupamento de Escolas de Miranda do Corvo ficam, formalmente, no que chamado ano “zero”, todos na mesma turma para se manterem juntos e com a mesma carga horária. O principal objetivo é aprenderem português, melhorarem a sua aprendizagem no inglês, artes, educação física, técnicas de informática e adquirirem outras competências, explica a Fundação ADFP.
A dificuldade com os ingressos ao nível do ensino superior impõe a frequência dos restantes jovens num Centro Qualifica.
Os dois adultos já se encontram matriculados num Curso PLA (Português Língua de Acolhimento).
A Fundação recorda que “já tem uma experiência de sete anos no acolhimento de refugiados, que são apoiados durante 18 meses com recurso a verbas europeias”. No caso destes refugiados afegãos ainda não foi estabelecido um protocolo por ter sido, a nível nacional, um acolhimento de emergência. Para fazer face às suas despesas pessoais, foi acionado um apoio por parte da segurança social.