O Festival do Arroz e da Lampreia – Sabores do Campo e do Rio vai regressar a Montemor-o-Velho de 11 a 22 de março. Apesar das preocupações associadas à pandemia e à escassez de lampreia, o Município não põe em causa a realização deste evento que, como sublinhou o presidente, Emílio Torrão, “é um momento de evocação da gastronomia e da nossa cultura”.
O festival vai decorrer nos moldes habituais, numa tenda gigante instalada no Largo da Feira, tendo como belo cenário o imponente Castelo, mas estende-se também a perto de dezena e meia de restaurantes que aderem a este evento e que, de 1 a 31 de março, apostam na promoção dos pratos e petiscos mais tradicionais da gastronomia da região.
Um dos grandes destaques desta edição é o reforço da animação musical, uma medida que, segundo Emílio Torrão, vem responder às solicitações dos expositores nos últimos anos. Jorge Guerreiro (dia 11), Rosinha (dia 12), Tiago Silva (dia 18) e Rita Guerra (dia 19) são as principais atrações do cartaz. Para além destes artistas, integram ainda o programa as atuações de Mickael Salgado (dia 11), Adelaide Sofia (dia 12), Sílvia Girão/Baluarte (dia 13), O Português de Ninguém (dia 14), EnCantos (dia 15), Tributo aos Xutos (dia 16), Miguel Bravo (dia 17 e Banda Boheme (dia 20). Não faltará, ainda, o folclore e etnografia.
Depois de uma interrupção de dois anos, devido à pandemia, Emílio Torrão explica que o desafio é “fazer com que o festival renasça com força”. Durante a apresentação do evento, que decorreu na segunda feira, nos Paços do concelho, o autarca congratulou-se com o sucesso da edição virtual do ano passado – um modelo que se manterá também, em paralelo, este ano – mas destacou a importância de poder ser retomado presencialmente, com toda a oferta que a caracteriza, como a gastronomia, a doçaria, o artesanato, as tasquinhas, os produtos endógenos, a maquinaria agrícola, pontos de café e arroz carolino e, ainda, a presença de representações institucionais, comerciais e serviços.
“A pandemia existe e não queremos que as pessoas deixem de ter os seus cuidados”, disse. Contudo, “com coragem”, considera que é fundamental retomar este festival, dando assim um sinal claro às pessoas que “estamos vivos e que queremos que a nossa economia local seja revitalizada”.
“Que o festival seja o espartilho para romper com a pandemia. Queremos viver de novo, respirar o ar e a alegria de um grande evento”, frisou.
No caso específico dos apreciadores de lampreia, tendo em conta a escassez sentida neste momento, faz um pedido para que contactem antecipadamente os restaurantes aderentes para saberem se têm ou não lampreia disponível, podendo encontrar os respetivos contactos nas plataformas digitais da autarquia.
Este ano não estarão na tenda as tradicionais associações, já que a imprevisibilidade dos tempos que se vivem não permitiram a sua organização atempada. As tasquinhas vão ser asseguradas, naquele espaço, por dois restaurantes e estará ainda no recinto a Associação de Criadores de Raça Marinhoa.
Está, portanto, tudo a ser preparado para um mês de celebração em Montemor-o-Velho. Emílio Torrão considera que este festival tem a “ementa perfeita para lançar de novo a alegria e o reencontro” e deixa a todos um convite para que visitem o concelho, “não só pela gastronomia mas também pelos momentos de cultura e diversão que este evento proporciona”.