13 de Junho de 2025 | Coimbra
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António Inácio Nogueira

Coimbra, Como Eu Magoadamente Te Vejo Hoje

15 de Novembro 2024

Amo Coimbra. Nasci em Coimbra, sou um verdadeiro «coimbrinha», em toda a plenitude da palavra.

Só não me vendo ao passado; reflicto sobre a construção e (des) construção das memórias e dos seus equívocos.

Vejo passar os dias, e, quase todos os dias, são para sempre.

Não posso aceitar tamanha benevolência e quietude. Por isso, escrevo em verso tamanho desassossego.

Olho a Coimbra minha a desvanecer. Tenho que a empurrar e não endeusar.

 O verso é uma arma que não desarma….

 

I

 

Coimbra, da minha varanda, aos meus pés;

Olho-te; ainda bela Rainha, és?

Coimbra, quanto amor, agora, cantas?

Ou semeias desamor?

Talvez desencanto,

Ou o «intermezo» entre exaltação e pranto?

Coimbra és desacontecimento,

Ou ainda conhecimento?

 

 

II

 

Coimbra no Rio vertida,

Porque choras, desalentada e ferida?

Coimbra, estás à janela?

Não te vislumbro; p´ra onde foi Ela?

 

III

 

Ó Coimbra, o que estou eu a dizer!

Sabes, é para te rejuvenescer,

P´ra que voltes a saber fazer.


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