A Águas do Centro Litoral (AdCL) assinou, na semana semana, o contrato da empreitada de reabilitação dos digestores da ETAR de Ílhavo, uma obra que tem um prazo de execução de um ano e representa um investimento de cerca de 592 mil euros.
Esta empreitada visa criar maior resistência aos dois digestores da estação de tratamento de águas residuais (ETAR) de Ílhavo, essenciais para a produção de energia. De acordo com a empresa, “trata-se de uma intervenção de reabilitação do interior, com aplicação do revestimento em chapa termoplástica para proteção de betão, enquadrando-se na política da AdCL de reabilitação dos seus ativos críticos em funcionamento, designadamente através da implementação de soluções duradouras e que minimizem intervenções futuras”.
A AdCL explica que, com o tempo de utilização e considerando as características do afluente que chega à ETAR todos os dias e que conduz a um desgaste mais intenso do que o habitual em equipamentos do mesmo tipo noutras atividades, todos os equipamentos instalados necessitam de manutenção. Neste quadro, a empresa tem previstos três tipos principais: investimento em novas infraestruturas e equipamentos; investimento na requalificação e melhoria do existente; e investimento de manutenção.
Os dois digestores da ETAR de Ílhavo apresentavam já alguma degradação. Em funcionamento desde 2002, aquando da construção da ETAR, estão na génese da produção de energia em ETAR, assumindo, assim, especial importância neste processo. Com esta intervenção, a AdCL pretende “aumentar a vida útil” destes digestores e “protegê-los do gás sulfídrico e de condições de PH extremamente baixos, normais neste tipo de órgãos, através da reabilitação do interior, com aplicação do revestimento em chapa termoplástica para proteção de betão”.
A ETAR de Ílhavo está preparada para receber e tratar os efluentes provenientes dos concelhos de Aveiro (parte), Cantanhede, Ílhavo, Mira e Vagos, representando 159 mil habitantes-equivalentes e cerca de 39.278 metros cúbicos por dia.
A solução de tratamento desta ETAR baseia-se num sistema de tratamento secundário, adotando um processo de tratamento biológico com base no sistema de lamas ativadas em regime de arejamento prolongado, com remoção da matéria orgânica. Através de processos físicos e biológicos, são removidos da água os detritos sólidos e a matéria orgânica dissolvida.
Posteriormente, os subprodutos orgânicos resultantes do tratamento das águas residuais são sujeitos a tratamento, com vista à redução do seu volume e à produção de biogás.
No final do processo de tratamento, o efluente tratado é devolvido ao meio recetor (Oceano Atlântico), através do Exutor Submarino de S. Jacinto.
Este investimento, agora consignado, está em alinhamento com a missão e visão do negócio da AdCL, que visam, essencialmente, a preservação do meio ambiente e da saúde pública.