O União de Coimbra, agora designado Clube União 1919, quer continuar a ser um dos grandes embaixadores da cidade. Este clube centenário, que passou por várias fases ao longo da sua história, já mostrou bem a sua força, abraçando com garra as dificuldades e celebrando ainda com mais emoção cada conquista.
O União prepara-se agora para escrever uma nova página na sua história ao eleger, no sábado (30 de maio), a nova Direção, decorrendo a Assembleia Eleitoral das 15h00 às 20h00, no Pavilhão do Clube, na Rua Infanta D. Maria. Os elementos que constituem a Lista A, a única concorrente, foram apresentados esta segunda feira, no Café Santa Cruz, na Baixa da cidade, precisamente onde o clube teve a sua origem.
João Trindade, presidente cessante e mandatário da Lista, afirma que este “é o sítio certo” para se dar a conhecer o grupo de pessoas que se prepara para continuar a traçar o futuro do União, clube que “nasceu e começou o seu trabalho na Baixa”, mantendo uma forte ligação umbilical com esta área da cidade até hoje, elos que os candidatos à nova Direção pretendem reforçar, através de uma relação mais estreita com o comércio e com as pessoas que por ali se movimentam.
A mística que se criou em torno do União, ao longo destes 100 anos de história, nunca se desvaneceu. Apesar dos tempos difíceis que o clube teve que enfrentar, a questão dos afetos nunca se quebrou. João Trindade congratula-se com o apoio que a coletividade e a Direção a que presidiu sempre recebeu dos sócios, simpatizantes e da própria comunidade, sublinhando que “nem só o apoio monetário é importante”.
“Senti que muitas portas se nos abriram porque somos União de Coimbra. Espero que assim continue porque não tenho dúvidas de que esta Direção reúne todas as condições para que o União prossiga o seu trabalho, até porque a maior parte dos seus elementos já deu provas no clube, quer como jogadores, treinadores ou seccionistas”, realça. São, sublinha, “pessoas que fazem parte da ‘família unionista’”, que “acabaram por beber o ‘sangue azul’” que os faz sentir este clube histórico que tanto “tem dado e recebido da cidade”.
Olhando para o passado, recorda a época em que o União chegou à 1.ª Divisão e não esquece a “eterna” rivalidade entre “futricas e doutores”, que punha em lados opostos União e Académica mas que considera “saudável, desde que sem excessos, porque ambos são duas partes distintas desta cidade mas que se complementam”. João Trindade assegura que o União nunca renegará as suas origens e, orgulhoso do seu passado, continuará sempre a ser “aquele clube que vai com tudo, que vai com o garrafão, e que quer é ter a Arregaça cheia”.
A candidato a presidente da Assembleia Geral, Armando Gonçalves, destacou o trabalho “extraordinariamente valioso” da Direção cessante em prol do futuro deste “grande representante da cidade” que é o União de Coimbra.
Já Fernando Soares assegurou que, apesar dos tempos difíceis, o caminho é para a frente, “sem receios”. O candidato a presidente da Direção apresentou alguns dos principais desafios para o próximo triénio, assumindo como prioridade duplicar o número de sócios (atualmente são 550), retomar o futebol feminino (que sempre teve grande tradição no clube) e apostar em novas modalidades, como o atletismo. Quer também alargar o número de atletas, que são já cerca de 600, distribuídos pelas várias modalidades – futebol, futsal, natação, modelismo e e-sport.
“O União tem que ser grande. Temos muito para fazer neste triénio e, com estes 11 guerreiros que integram a Lista e com o apoio dos sócios e dos nossos adeptos, não tenho dúvidas de que vamos conseguir. Queremos criar uma grande união em torno do nosso União”, sublinhou.
NOVOS CORPOS SOCIAIS
Mandatário: João Carlos Pires Trindade
ASSEMBLEIA GERAL
Presidente: Armando Duarte Silva Gonçalves
Vice-Presidente: Armando Manuel Silvério Colaço
Vogal: Pedro Maria Almeida dos Santos
Vogal: Joaquim João Melo Lucas
DIREÇÃO
Presidente: Fernando Manuel de Sousa Soares
Tesoureiro: Luís Miguel Costa Santos
Vice-Presidente: Rui Filipe da Piedade Fonseca
Secretário: José Alberto Mareco
Vogal: Paula Cristina Marques Melo
Vogal: Hugo Manuel Diogo Ferreira
Vogal: Ricardo Emanuel Pereira Queiroz
Vogal: Nuno Miguel Tavares Sousa Manaia
Vogal: Cândido Teixeira Reis
Vogal: Filipe Ferreira Bandeira
Vogal: Carlos Gabriel Rodrigues Caleiras
CONSELHO FISCAL
Presidente: Vítor Manuel Correia Oliveira
Vogal: Fernando António Batista Fernandes
Vogal: Manuel Afonso Fernandes Pinto Ferreira
COMPROMISSOS DOS NOVOS DIRIGENTES
Duplicação do número atual de sócios efetivos ao longo do mandato;
Criação do cartão “+União” para garantir vantagens aos associados através de parcerias com o comércio e serviços locais;
Recuperação do estatuto de utilidade pública do clube;
Recriação da Gala Prémios Cruz Santiago;
Implementação de sistemas de modernização administrativa;
Melhoria dos instrumentos de comunicação interna e externa com a criação de nova imagem e renovação do site do clube e redes sociais;
Reabilitação e melhoria das instalações desportivas do clube, em parceria com a Câmara de Coimbra;
Ampliação dos espaços desportivos do clube através do estabelecimento de protocolos com as entidades públicas locais;
Aquisição de dois veículos de transporte de passageiros para os atletas;
Reforço da qualidade competitiva da equipa de futebol e futsal e das equipas de formação de futebol 11 e futsal com regresso às competições nacionais;
Criação de modelo formativo no Futebol 7 e Futsal até aos 12 anos;
Criação de equipas de formação de futebol feminino;
Recuperação da secção de atletismo e avaliação de novas modalidades como o padel e o ténis de mesa, por exemplo;
Melhoria das condições logísticas e organizacionais das secções de natação, modelismo e e-sports;
Criação do departamento de formação curricular com a implementação de ações de formação e seminários no âmbito da ética e da integridade do desporto, saúde e medicina desportiva.