Traí os meus amigos. Sou mais eu.
Troquei-os todos por Azul de Mar.
A Solidão até se envaideceu
Por na própria Utopia me isolar.
A sensação de dor enfraqueceu
E as lágrimas quiseram gargalhar.
Sísifo do costume não cedeu
E o Génio fez questão em triunfar.
Não duvidei da Sorte. O meu troféu
Foi caber na minh’ alma o imenso Céu,
Sem conhecer Início, Meio ou Fim.
Traí os meus amigos. Sou mais só.
Em Mar Azul desfiz do Mundo o nó…
– Afinal, tenho Deus dentro de mim!