O teatro e as artes plásticas vão invadir, durante este mês de março, a Baixa de Coimbra. A exposição “Fora de Sítio”, promovida pela Associação de Paralisia Cerebral de Coimbra (APCC) com o apoio da Agência para a Promoção da Baixa de Coimbra (APBC), vai transformar as montras de cerca de três dezenas de espaços comerciais em pequenas galerias temporárias.

A primeira fase, que arranca hoje e decorre até 15 de março, tem a designação “Fora de Nós” e será uma digressão virtual do espetáculo “Mim”, parte do projeto “O Museu de Nós!”, que conta as histórias da vida dos membros do coletivo Sala T, um dos dois grupos de teatro da APCC.

De acordo com a APCC, serão exibidos um conjunto de objetos cenográficos construídos nesse âmbito, pequenas caixas que guardam objetos vários que ajudam a revelar aquelas narrativas e que serão acompanhadas de vários códigos QR, que permitirão assistir online ao próprio espetáculo.

Ao público caberá decidir se pretende ter a experiência em momentos diferentes ao longo do tempo da exposição ou em contínuo, seguindo o percurso sugerido, que passa pela Rua Ferreira Borges, Praça do Comércio, Rua Visconde da Luz, Rua da Louça, Praça 8 de Maio e Rua da Sofia. A exposição “Fora de Nós” vai estar patente nas montras de diversos estabelecimentos, nomeadamente A Brasileira, Ótica Lunette, Jorge Mendes, Multiopticas, Quebra Tour, Veludo Carmin, Coisas e Sabores, Farmácia Luciano & Matos e Café Sofia.

Para assinalar o arranque desta iniciativa, os elementos do Sala T vão visitar hoje aqueles espaços, num percurso que começa às 10h30, junto a A Brasileira.

A segunda fase deste projeto, designada “Fora de Mão”, começa a 16 de março e será dedicada ao trabalho realizado na área da Escultura na APCC. Até ao último dia do mês, as montras de um outro conjunto de espaços comerciais – que serão revelados entretanto – receberão várias obras criadas naquele contexto, com o objetivo de dar visibilidade ao processo artístico desenvolvido em sala.

A APCC realça que, com este projeto “Fora de Sítio”, leva “uma parte do trabalho que é realizado na associação a lugares eventualmente inesperados e, consequentemente, a um público mais alargado”.

“Constituindo a área artística uma parte importante da ação da instituição enquanto promotora da inclusão social, com atividades desenvolvidas nas áreas da música, teatro e artes plásticas, esta é também uma forma de intervir na comunidade, colocando em causa perceções e ideias pré-concebidas”, realça ainda a instituição.