O teatro amador vai percorrer o concelho de Cantanhede até 4 de abril. Promovido pela Câmara Municipal, o ciclo abre amanhã, às 21h30, com a estreia do espetáculo preparado pelo Grupo de Teatro da Associação Cultural e Desportiva do Casal de Cadima para esta 22.ª edição.

Serão representadas três peças, todas elas escritas por Manuel da Silva Barreto e intituladas de “Não Matem o meu Filho”, um drama que propõe uma reflexão sobre questões relativas à despenalização da eutanásia; “Médico de Família” uma comédia que se centra numa aldeia em que a pouca instrução dos doentes levanta grandes dificuldades em comunicar com o clínico e onde uma senhora hipocondríaca gera vários conflitos e cujo marido é muito desconfiado; e, por fim, “Vamos Cortar na Casaca”, uma versão atualizada do clássico humorístico do autor, no qual o Zé Povinho e a mulher fazem uma análise à situação política e social do país.

Antes do espetáculo de abertura, será entregue um diploma de reconhecimento a todos os 17 grupos cénicos intervenientes e irá ser feita uma homenagem a Manuel da Silva Barreto, com o intuito de assinalar o contributo dado à iniciativa e ao grupo enquanto produtor, encenador, ator e autor das peças.

Além disto, será também apresentado o livro editado pela autarquia, com o mais recente texto do autor, escrito para o grupo de teatro.

Todos os fins de semana, durante dois meses, será apresentada uma peça de teatro numa das freguesias onde são desenvolvidas atividades de cariz cultural (Murtede, Pocariça, Sanguinheira, Cordinhã, Tocha, Cadima, Zambujal, Franciscas, Cantanhede, Febres, Covões, União Vilanovense, Portunhos e Bombarda). Cada grupo de teatro vai realizar dois espetáculos (um na sua localidade). De modo a cobrir as despesas da preparação, montagem, cenários, som, luz, adereços, caracterização, guarda-roupa, transportes e apoio logístico, a autarquia atribui um valor monetário a cada grupo.

O evento, que este ano envolve cerca de 350 pessoas, pretende revitalizar o teatro, mobilizando as associações locais.