A Assembleia de Freguesia da União de Freguesias (UF) de S. Martinho do Bispo e Ribeira de Frades aprovou, na sua reunião da semana passada, por maioria, a moção em defesa do Serviço Nacional da Saúde (SNS) apresentada pela CDU.

Esta moção faz um apelo ao Governo para que “reabra os serviços encerrados no Hospital dos Covões”, “valorize e reforce os Hospitais da região de Coimbra” e “comece o processo de reversão da fusão dos Hospitais” da cidade.

Recorda que a “Unidade de Cuidados Intensivos do Hospital Geral dos Covões, bem como a urgência noturna deste hospital (a partir das 22h00) encerraram no princípio do mês de abril”, considerando que se trata de serviços “indispensáveis para fazer cumprir o direito à saúde no distrito de Coimbra”.

“Esta unidade de cuidados intensivos, que estava em funcionamento no período antes do surto epidémico é necessária e indispensável. O serviço de urgência noturna, que encerrou em 2012 (primeiro fruto envenenado da fusão do Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra [CHUC]) e reabriu por via da pandemia, mostrou-se também indispensável antes e após o pico do surto pandémico”, refere a moção, acrescentando que “é inaceitável que, à boleia da pandemia, o CHUC encerre estes serviços e prive a população do que são serviços essenciais para a região e para o país”.

O documento refere, também, que os Hospitais da Universidade de Coimbra (HUC), que estão “sobrecarregados”, serão, mais uma vez, o “escape para o acelerado desmantelamento dos Covões”.

“O processo de fusão dos Hospitais de Coimbra veio agravar a sobrecarga dos serviços, degradar os serviços prestados, bem como as condições dos trabalhadores do CHUC. A reversão da fusão do CHUC é um processo urgente, para fazer cumprir o direito constitucional à saúde. Não há qualquer justificação válida para o encerramento destes serviços, a não ser o favorecimento do negócio privado da doença que, como se tem constatado, tem prosperado nesta região, e a concentração de serviços nos HUC”, refere a moção apresentada pela CDU, apelando ao Governo para que reabra os serviços e valorize os hospitais da região Centro.