20 de Março de 2025 | Coimbra
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PS, PCP e Cidadãos por Coimbra querem Maternidade nos Covões

13 de Novembro 2020

A concelhia do Partido Socialista (PS) de Coimbra e o movimento Cidadãos por Coimbra (CpC) querem que a nova Maternidade seja construída no Hospital dos Covões e não no perímetro dos Hospitais da Universidade de Coimbra (HUC).

Estas posições foram manifestadas depois de ter sido noticiado pela imprensa local que a ministra da Saúde, Marta Temido, afirmou, quando questionada pelo Partido Social Democrata (PSD) na Assembleia da República, que a nova maternidade da cidade deverá ser construída na zona dos HUC, ao invés do Hospital dos Covões, outra unidade integrante do Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra (CHUC).

Em comunicado divulgado, a concelhia recorda que a Câmara Municipal, a Assembleia Municipal, o PS local e outras forças políticas são a favor da construção da maternidade no perímetro do Hospital dos Covões. “Menos se compreende que, tendo vossa excelência sido eleita deputada por Coimbra e tendo contado com o esforço, o empenho e a dedicação dos militantes e simpatizantes do PS na cidade que contribuíram para a sua eleição, assim os desiluda de forma drástica e mesmo provocatória”, afirmou, realçando também que o próprio presidente da Câmara de Coimbra, Manuel Machado (PS), defendeu “em múltiplas intervenções públicas” a necessidade de construção da nova maternidade nos Covões, ficando agora “em difícil situação de credibilidade que lhe é devida perante a população e os cidadãos de Coimbra, sujeito a ataques verrinosos que em nada beneficiam Coimbra e o PS”.

Para a concelhia, “não há razões técnicas nem razões políticas que impliquem a construção da nova maternidade nos HUC (exceto se pretenderem destruir o Hospital Geral dos Covões), pois só outras razões e não demonstradas, nem confessáveis podem levar a uma opção totalmente irracional”. Apela, por isso, à ministra para que “pondere e decida em definitivo pela construção da nova maternidade em Coimbra” no perímetro do Hospital dos Covões, defendendo “a segurança e o interesse das pessoas, a credibilidade das instituições e o sucesso da governação socialista na cidade e no país”.

O Movimento Cidadãos por Coimbra considera também “um erro grave” a afirmação da ministra de que “a nova maternidade de Coimbra deverá ser construída no Pólo de Celas do CHUC”.

“É um erro grave pela cedência à revelha tendência de concentrar serviços, desprezando a vertente territorial das decisões. Tanto mais grave quanto foi alertada por todos os municípios da CIM para as vantagens da solução alternativa”, realça em comunicado divulgado, alertando ainda para o facto de comprometer “mais recursos” e alongar “prazos de execução, numa altura em que o país tanto precisa de eficiência nos cuidados de saúde”. Lamenta, também, que esta decisão tenha sido divulgada “longe da região e das suas gentes, numa provável demonstração de vergonha ou culpa”.

O CpC, que em maio de 2018 lançou o debate com a petição que associava a nova Maternidade à urgente revalorização do Hospital dos Covões, “apela a todos os cidadãos para que se pronunciem pela reversão desta decisão, pela construção urgente da nova Maternidade no espaço desafogado e disponível do Hospital dos Covões”.

A Direção Regional de Coimbra do Partido Comunista Português (PCP) também “rejeita a localização da nova maternidade” no perímetro dos HUC. Em comunicado, explica que considera que esta decisão do Governo “é errada” e lembra que “tem vindo a alertar que sucessivas agregações levaram à excessiva concentração de serviços e valências no polo central dos HUC, o que tem reduzido a capacidade de resposta dos cuidados de saúde em Coimbra”.

“O PCP reafirma a defesa da construção de um serviço de obstetrícia e neonatologia em Coimbra, moderno que abarque o número de partos das actuais maternidades, junto ao Hospital Geral dos Covões – que nesta pandemia se confirmou mais uma vez como unidade de excelência, capaz de prestar cuidados diferenciados – equipado com as especialidades próprias de um hospital central que se articulem com as exigências de apoio à Maternidade”, realça.


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