Mais de três dezenas de iniciativas integram a 22.ª Semana Cultural da Universidade de Coimbra, que decorre de 1 a 15 de março. Tendo como tema “Ousadias”, o programa abre justamente no dia em que a UC comemora 730 anos e pretende celebrar a sua longevidade e enaltecer também a resiliência que, durante a sua história secular, lhe permitiu ir sempre mais longe, muito graças ao trabalho de todos aqueles que souberam ‘ousar’.
“O tema da Semana Cultural procura precisamente estimular a revisitação dos momentos em que artistas, personalidades, movimentos e a própria UC ‘ousaram’ questionar e inovar no seu tempo, abrindo novas sendas de ação e de pensamento. A essa revisitação de ‘ousadias’ várias que marcaram o curso da história, pretende-se juntar a ‘ousadia’ maior de construir e antecipar o futuro, de nutrir o impulso largo e perene da inovação”, refere a UC.
Apresentada ontem, a Semana Cultural vai abrir a 1 de março, sendo de destacar do vasto programa o concerto de abertura da Orquestra Académica da UC, às 21h30, no Teatro Académico de Gil Vicente, que pretende homenagear e comemorar o “passado, presente e futuro” desta histórica instituição.
Num concerto para todos os públicos, a Orquestra Académica vai apresentar um programa variado e ligeiramente diferente do habitual. Inspirado no tema “Ousadia(s)”, vai trazer a palco a estreia de uma peça orquestral e coral inédita da autoria do compositor Luís Cardoso, escrita especialmente para celebrar estes 730 anos. Com o título “Universis”, esta obra é inspirada em textos fundacionais da Universidade de Coimbra e moldada por influências da sua rica herança histórica e matriz identitária.
“A Semana Cultural da UC, que começou a ser temática a partir do ano de 2004, retoma agora uma duração mais próxima da ideia de ‘semana’. A Semana Cultural decorre, assim, entre 1 e 15 de março, congregando iniciativas de forte intensidade artística e de claro recorte identitário. Potencia, de forma deliberada e programática, as ligações entre a academia, a cidade e a região, robustecendo a sua projeção externa”, realça o reitor da UC para a Cultura e Ciência Aberta, Delfim Leitão.
Dá ainda conta que se articulam com este evento, a partir deste ano de 2020, “dois novos ciclos direcionados para vertentes culturais mais específicas, para potenciar a especialização, a qualidade e, como consequência, a capacidade para atrair parceiros mais fortes e aumentar o seu valor e impacto no meio artistíco internacional”, nomeadamene o Ciclo de Teatro e Artes Performativas – MIMESIS, que vai decorrer entre maio e junho, e o Ciclo de Música – ORPHIKA, que se realizará em novembro e dezembro.