A melhor “feira do mel do país” vai regressar à Lousã de 15 a 17 de novembro. Mais de 150 expositores vão participar neste certame que celebra três décadas de história, atrai cada vez mais visitantes e muito contribuiu para a promoção do território e dos seus produtos endógenos. O lançamento da cerveja artesanal “Lausus” é uma das grandes novidades desta edição.

Bem conhecida na região e mesmo no país, a Feira do Mel e da Castanha volta a reunir no Parque Municipal de Exposições os sabores e produtos típicos do concelho, apostando na valorização dos produtos endógenos para promover toda a riqueza do território.

Durante a apresentação do evento, que decorreu na terça feira, em Coimbra, na Praxis, o presidente da Câmara da Lousã, Luís Antunes, sublinhou que esta “é, claramente, a melhor feira do mel do país porque é ali apresentado o melhor mel do mundo”. Perante uma sala cheia, o autarca sublinhou a importância deste evento para a Lousã, pelas suas “várias caraterísticas”, por ser uma feira “identitária da região” e porque “alia a tradição à promoção do território”, conseguindo crescer, ano após ano, tanto em número de expositores como de visitantes e tanto “qualitativa como quantitativamente”.

Luís Antunes considera que a valorização do mel DOP Serra da Lousã obriga a “muitos desafios”, que têm aumentado nos últimos anos, recordando os prejuízos causados ao setor pelos trágicos incêndios de 2017 e também pela “praga da vespa velutina”. Considera, por isso, que “este evento tem ainda uma importância maior desde 2017”, manifestando o desejo de que “seja um estímulo adicional para quem se dedica a esta atividade” e também “um encorajamento e confiança” para os produtores, tendo um papel muito importante na economia, ao proporcionar o escoamento não só do mel produzido mas também de outros produtos endógenos, como a castanha.

Ana Paula Sançana, da Cooperativa Lousãmel, enalteceu a qualidade do mel produzido na região, considerando também que esta é “a melhor feira do mel do país”, que celebra não só os produtos da região mas também a “resiliência, o espírito e o empenho” do Município e dos apicultores na “luta contra todas as adversidades”. Espera que, com o apoio e envolvimento de todos, este seja “um ano de viragem”, notando-se já melhorias, apesar da quantidade de mel produzida não ser ainda a esperada.

O vice-presidente da Comunidade Intermunicipal (CIM) da Região de Coimbra, José Brito, enalteceu a qualidade e diversidade de “produtos de excelência” existentes neste vasto território que integra a CIM, que tem “produtos únicos que temos a obrigação de saber promover”, elogiando o trabalho que a Lousã tem feito nesse sentido.

Suzana Menezes, diretora regional da Cultura do Centro, lembrou que “falar de produtos endógenos é também falar de cultura, de identidade e de promoção do território”.

O sócio gerente da Praxis, Arnaldo Baptista, destacou a diversidade que o território da Lousã oferece, bem como a forma como sempre se conseguiu afirmar, apesar da interioridade. Desejou também “os maiores sucessos” à cerveja artesanal “Lausus”, criada pelos especialistas da cervejaria Praxis e uma das grandes novidades desta edição da Feira do Mel e da Castanha da Lousã.

O certame vai contar com a presença de mais de 150 expositores, dos quais cerca de duas dezenas são apicultores com o mel certificado, 18 vendedores de castanhas e outros frutos secos, 35 instituições e 60 artesãos. Vão estar ainda no recinto cinco tasquinhas com a gastronomia regional, dinamizadas pelas associações do concelho, e 12 bancas com produtos gastronómicos de amplitude nacional, como enchidos, queijos, vinhos, licores, cervejas artesanais, entre outros. O crescimento da feira leva a autarquia a instalar três tendas no espaço contíguo ao Parque Municipal de Exposições, decorrendo assim o certame numa área com cerca de 5.000 metros quadrados cobertos.

A par com a vertente de exposição e venda, decorre também um atrativo cartaz de animação musical e outros eventos, como o lançamento da cerveja “Lausus” e um showcooking com Afonso Vilela. Não vai faltar também o habitual magusto e a caminhada de S. Martinho.