A Marcha Popular de Eiras vai marchar na freguesia este sábado no âmbito do seu sétimo Festival de Marchas Populares. O desfile, que tem início pelas 21h30, conta com a participação das convidadas marchas de Mata Mourisca, Santo António dos Olivais e do Grupo Artístico Ribeira de Frades.
“O nosso festival é um dos nossos momentos altos do ano, em que contamos sempre com a presença de outras marchas”, disse ao “Despertar” um dos membros da direção, Carlos Augusto, apontando 2019 como um dos melhores, edição em que dançou a Marcha Marvila de Lisboa “que engrandeceu o festival”.
Este ano a Marcha Popular de Eiras, constituída por 55 elementos, entre os 11 e os 76 anos, além dos pequenos acompanhantes, com três e quatro anos, saiu à rua com o tema “Magia ao Luar”, “que defende a paixão platónica da Humanidade pelo Universo”, onde predomina o azul e o prateado nos fatos dos marchantes.
“Apresentámos a nossa marcha a 4 de junho, em Eiras, e foi a primeira vez que saíamos à rua este ano”, contou Carlos Augusto.
A partir daí foi sempre a marchar. Eiras andou por Pombal, pela Noite Branca em Coimbra, Taveiro, Carapinheira da Serra e prepara-se para animar Vale da Luz (São Paulo de Frades) e Serpins (Lousã).
“Tivemos dúvidas se íamos fazer ou não a marcha e se conseguíamos sair à rua, mas decidimos ir com aquilo que podíamos e cá estamos nós mais uma vez a dar a conhecer o nosso trabalho pelos sítios por onde temos passado e tem sido maravilhoso”, revela o elemento da organização.
Os ensaios, refere Carlos Augusto, decorrem às sextas-feiras, “havendo semanas em que ensaiamos duas vezes para que tudo corra bem quando saímos à rua”.
“O local para ensaiar foi o maior desafio, pois infelizmente em Eiras não temos um pavilhão polidesportivo, pelo que temos recorrido à ajuda de algumas entidades e até ao momento temos ensaiado no União Clube Eirense e estamos muito gratos por esse apoio”, destaca.
A Marcha Popular de Eiras surgiu em 2014 pela vontade de um grupo de amigos de Eiras, “pois achámos que seria interessante até para a freguesia ter a representação de um grupo de marchantes”, explica Carlos Augusto, indicando quem em 2016 se constituíram como uma Associação Sem Fins Lucrativos “dada a necessidade de apoios e patrocínios”.
O projeto foi evoluindo até aos dias de hoje, esperando a marcha continuar a marchar “ainda com mais vontade de brilhar pelos sítios por onde passamos e levarmos o nome da freguesia pelo país”.
“Não é fácil, pois requer muita disponibilidade dos marchantes e da organização, que têm dado muito do seu tempo à marcha, além do investimento ser muito elevado, desde a elaboração dos fatos, os músicos, entre outras despesas, mas é muito gratificante”, afirma orgulhoso, enaltecendo a colaboração desde logo dos marchantes, costureiras, ensaiadores e até da comunidade.