Assim vão chamando ao vasto espaço no final da Rua Figueira da Foz por ter havido ali uma casa comercial que vendia sal.
Porém há muito tempo que a Câmara Municipal entendeu por bem manter um nome – Água de Maias – que já existia há mais de dois séculos. Mas o povo continua a chamar-lhe Casa do Sal por, talvez, não ter placa toponímica.
Viajo com frequência no autocarro 29. Logo que deixa a Rua da Figueira da Foz redobro a minha atenção às conversas à minha volta, para ouvir alguém referir aquele lugar como sendo o largo da Casa do Sal, o que já aconteceu três vezes, tendo eu esclarecido que o espaço tem o nome de Água das Maias há mais de dois séculos.
Tem vias do nível do solo, e acima deste, dando entrada e saída a milhares de carros, por dia e em todas as direções. Ainda assim é bonita. Tem parque infantil, relvados, árvores, bancos e um inspirador riacho com uma ponte pedonal. Já foi caudaloso, oferecendo pescarias.
O nome desta Praça parece ser de autor poeta: Água – do regato; de Maias – giestas com flores amarelas, espontâneas, que nascem em princípio de março. O riacho de hoje já foi ribeiro que no inverno tinha grandes cheias, o que levava à construção de passadiços para facilitar a vida de quem por ali tinha de passar.
Situada que está entre a cidade, o Monte Formoso e o Choupal bem merece que lhe respeitem o nome de antanho.
O credenciado “RoteiCoimbra” já na sua edição de 1999/2000 faz referência à localização das ruas do concelho de Coimbra informando: Água de Maias (Pr.). Freguesia de Santa Cruz. Entre a Rua do Padrão, Estrada de Coselhas, Rua da Figueira da Foz e Av. Fernão de Magalhães.
Acrescenta ainda: Água de Maias (R.). A localizar.
Agora só falta demolir a fábrica de cortumes e preencher o vazio entre a Rua da Figueira da Foz e a Avenida Fernão de Magalhães com boas construções.
Ah! Não esqueçam as placas toponímicas…