O Hospital CUF Coimbra tem vindo a implementar uma abordagem completa ao doente oncológico, que integra a oncologia, a radiologia, a gastroenterologia e a cirurgia, caracterizada pelo rápido diagnóstico, estudo complementar e decisão terapêutica. De acordo com o hospital, esta abordagem “permite uma rápida recuperação dos doentes e encurtamento do tempo de tratamento das doenças oncológicas digestivas”.
Em nota divulgada, esta unidade de saúde explica que “um dos mais recentes exemplos desta aposta foi o caso de um doente tratado a uma Neoplasia do Cólon, pela equipa de Cirurgia Geral”, apenas uma semana após o diagnóstico, incluindo “decisão terapêutica e realização de exames complementares”.
“O doente foi submetido a uma Hemicolectomia direita laparoscópica com excisão completa do mesocolon (cirurgia alargada para retirada de toda a parte do cólon com tumor) e a consequente nova ligação intestinal, totalmente por via minimamente invasiva. Com esta abordagem o doente fica com menos cicatrizes e com menos dor, possibilitando ainda uma alta precoce, apenas quatro dias após a cirurgia, com rápida recuperação total e o início dos tratamentos de quimioterapia no Hospital de Dia de Oncologia da CUF após apenas quatro semanas da cirurgia”, refere o hospital.
De acordo com António Manso, cirurgião responsável por esta intervenção, este procedimento vem na sequência “da aposta do Hospital CUF Coimbra na abordagem multidisciplinar do doente oncológico, no âmbito da qual o doente beneficia de um diagnóstico rápido e de uma terapêutica imediata após uma reunião de decisão multidisciplinar, quer seja via cirurgia quer via quimioterapia”.
O cirurgião explica que os procedimentos de retirada de parte do colón por via laparoscópica começam a ser mais frequentes mas a anastomose (ligação intestinal) é, normalmente, “realizada fora do corpo”. Neste caso, “depois de retirado o intestino lesado, a ligação foi feita também dentro do corpo o que permite menores cicatrizes e menos dor, com recuperação mais rápida e menos complicações”, realça, acrescentando ainda que “a cirurgia minimamente invasiva aliada a uma abordagem de recuperação rápida tipo ERAS (Enhanced Recovery After Surgery) em que o doente tem alta precoce (menos de quatro dias de internamento) e o impacto cirúrgico é reduzido, permite diminuir as complicações cirúrgicas e melhorar os resultados oncológicos”.