O Município de Montemor-o-Velho comemorou ontem o seu Feriado Municipal, com as cerimónias festivas e os reconhecimentos habituais, embora sujeitos aos condicionalismos impostos pela pandemia e às exigências desta nova realidade.
O programa começou com o hastear das bandeiras do Município e de Portugal, ao som do Hino Nacional pelas filarmónicas concelhias, numa cerimónia presidida por Emílio Torrão, presidente da Câmara de Montemor-o-Velho e que contou com a presença de José Carlos Alexandrino, presidente da Comunidade Intermunicipal da Região de Coimbra e do Município de Oliveira do Hospital e, ainda, Fernando Ramos, presidente da Assembleia Municipal.
Entre os convidados, que este ano devido à Covid-19 foram em menor número, estiveram presidentes das juntas de freguesia, o executivo municipal, membros da Assembleia Municipal, os vários homenageados e, ainda, Helena Teodósio, presidente do Município de Cantanhede.
Apesar do acesso mais restrito à Sessão Solene, de forma a que todas as normas de segurança fossem cumpridas, muitas foram as pessoas que, nos Paços do Concelho, assistiram à entrega das nove “Medalhas de Mérito Municipal Cultural”, uma “Medalha de Mérito Municipal Autárquico”, uma “Medalha de Mérito Municipal Empresarial” e seis “Medalhas de Mérito Municipal Dedicação”.
Foram homenageados com a “Medalha de Mérito Municipal Dedicação” Maria Amélia Cruz, Adelino Tinoco, Carla Sofia Quinteiro, Maria Cristina Baía, Vítor Manuel Portugal e Joaquim Fernandes.
Já com as “Medalhas de Mérito Cultural” foram homenageadas várias personalidades do concelho como Fernando de Sousa Brites, Fernando Carvalheiro Bento, Telma Neves Simões, António Ferrão Gonçalves, Arnaldo da Costa Nobre, José Girão Meco, José Gomes da Costa, António Jesus Cardoso e Fernando Capinha Lopes.
Quanto à “Medalha de Mérito Municipal Autárquico” a mesma foi atribuída a Manuel do Carmo, a título póstumo, e a de “Mérito Municipal Empresarial” à Casa Abreu.
No decorrer da sessão, Emílio Torrão agradeceu o trabalho de todos os funcionários e colaboradores do Município, enaltecendo o facto de ser possível a realização daquela cerimónia.
“É tempo de descobrir uma pequena luz ao fundo do túnel, impor a esperança a todos aqueles que acreditam no Município e no empenho de todos, presidente, Executivo, dirigentes e trabalhadores, bem como, todos aqueles, cada um à sua maneira, contra a posição das minorias negativistas, vão dando o seu contributo para que democraticamente se encontrem soluções justas para cada um dos problemas”, afirmou o presidente do Município, deixando, ainda, uma palavra a todos os que foram afectados pela pandemia: “é tempo de reagir, de seguir em frente, de aprender a viver com este maldito vírus SARS-CoV-2 nas nossas vidas”.
As várias obras que estão a decorrer em todas as freguesias, para a melhoria dos acessos assim como a reabilitação urbana da vila foram salientadas durante o discurso do presidente do Município, que fez questão de destacar o facto de estarem em curso “soluções que irão mitigar o risco para as populações da vila, da Ereira, bem como da Carapinheira, Meãs e Tentúgal” no que às cheias diz respeito.
“Estamos a recuperar um número muito elevado de estradas no concelho, a fazer muitos quilómetros de novos alcatroamentos, estamos a construir inúmeros arranjos urbanísticos em todas as freguesias, concedendo-lhe mais urbanidade e segurança para as pessoas, a concluir extensões de rede de saneamento básico, estamos a
cumprir as promessas que muitos políticos que nos antecederam fizeram há mais de 40 anos”, disse o edil.
Emílio Torrão alertou, também, para o facto de o sucesso no combate ao vírus depender de todos, terminando com um convite para que visitem a histórica Feira do Ano, de forma a que se “cumpra a tradição, em segurança”.
José Carlos Alexandrino também interveio na cerimónia, começando por parabenizar os estudantes que no passado sábado receberam 28 bolsas por excelência e uma de mérito. “Isto mostra que Montemor-o-Velho tem futuro”, afirmou.
O presidente da Comunidade Intermunicipal da Região de Coimbra enalteceu o trabalho realizado por Emílio Torrão na valorização do território, assumindo que “Montemor é hoje mais dinâmico, empreendedor e inovador”.
O também líder do Executivo de Oliveira do Hospital aproveitou a ocasião para deixar um alerta sobre o estado da Saúde no país, referindo que “a pandemia não pode servir para deixarmos os idosos sem Serviço Nacional de Saúde [SNS]. É tempo de reinventar o SNS para o aproximar dos cidadãos. As opções políticas têm de ser diferentes, as estruturas de Saúde concelhias não podem continuar a ser desvalorizadas”.