Petiscos, música, dança e arte vão ligar, na quinta e sexta feira, das 18h00 às 23h00, a Alta e a Baixa de Coimbra. Depois de meses de confinamento, 16 estabelecimentos da área da restauração e pastelaria participam agora no evento “Petiscos & Rabiscos”, dinamizado pela Agência para a Promoção da Baixa de Coimbra (APBC), com o apoio da União de Freguesias (UF) de Coimbra e de vários parceiros.

Conimbricenses e visitantes são assim convidados a visitar estes estabelecimentos, a saborearem os petiscos sugeridos, a testarem a sua veia artística e a divertirem-se com a música e a dança.

Para além da mestria e saber fazer de cada estabelecimento aderente, vão poder dar “uma pincelada”, aceitando o convite da artista Élia Sofia Ramalho para ajudar a dar vida às seis telas que vão estar nas ruas. Vão poder apreciar também momentos de dança nos vários estabelecimentos, pelo grupo Tribo de Dança, ou espetáculos musicais, em percursos itinerantes que serão assegurados por vários artistas, salvaguardando sempre as medidas de segurança recomendadas pela Direção Geral de Saúde.

Café Couraça, Maria Rio, Vinharia da Sé, Arcada Comes e Bebes, Fangas Maior, Medina, Muralhada, Cervejaria Almedina, Taberna Laura, Pastelaria Briosa, Nicola, Café Central, Yasashii, Pastelaria Visconde, Sete Restaurante e Café Santa Cruz são os estabelecimentos aderentes.

Durante a apresentação do evento, a presidente da APBC, Assunção Ataíde, elogiou “a coesão e união” existente entre os vários comerciantes que mostram, mais uma vez, que estão juntos neste desafio comum de promover o comércio, dinamizar e economia e criar fatores de atratividade que tragam mais visitantes ao centro histórico.

“Ligamos a gastronomia à arte num evento que se segue ao Festival das Sopas da Rua Direita, que correu muito bem, ultrapassando as expectativas. Estamos convencidos de que esta será também uma união ganhadora”, sublinhou Assunção Ataíde.

O presidente da UF de Coimbra, João Francisco Campos, enalteceu também este género de iniciativas que contribuem para a dinamização da cidade, manifestando a disponibilidade da Junta para ajudar. “É muito importante esta criação de sinergias entre a Alta e a Baixa de Coimbra, este virar para o rio neste ano tão atípico em que não teremos os turistas habituais e em que é preciso chamar os próprios conimbricenses e os portugueses a virem à cidade, a terem menos medo de estarem uns com os outros, obviamente sempre dentro das regras que temos que cumprir”, realça.

Alguns representantes dos estabelecimentos aderentes participaram na apresentação deste programa, mostrando-se confiantes no seu sucesso. Paula Mendes, do Café Central, lamentou o “rombo tremendo provocado no negócio” nos três meses em que estiveram encerrados mas mostra-se confiante de que, paulatinamente, será retomada alguma normalidade. “Nas duas últimas semanas tem-se visto alguns turistas, não em grupo mas mais em casais”, disse, esperando que este tipo de iniciativas ajude a impulsionar a economia e a animar o “coração” da cidade. “Estamos com boas expetativas e entusiasmados”, sublinhou, congratulando-se por, neste momento de “grande crise” todos permanecerem unidos.