A Junta de Freguesia de Santo António dos Olivais comemorou, no sábado, os 800 anos da Fundação da Abadia de Santa Maria de Celas, com a realização de um colóquio que juntou vários especialistas e personalidades da cidade no Instituto Superior de Engenharia de Coimbra (ISEC).

Uma vez que este monumento, que remonta a 1221, está a ser alvo de obras de requalificação, a  Junta teve que alterar a programação inicialmente prevista que, como referiu o presidente, Francisco Rodeiro, incluía a realização de uma ceia medieval no claustro, bem como música medieval e visitas guiadas.

Assim, este colóquio acabou por ter como palco o auditório do ISEC. Para além do presidente da Junta, participaram ainda na sessão de abertura os presidentes da Câmara de Coimbra e do ISEC, respetivamente José Manuel Silva e Mário Velindro, e ainda a coordenadora do evento, Carla Fernandes.

Os participantes enalteceram a importância deste colóquio para a divulgação deste monumento e da sua história, bem como para a sua atual integração em rotas nacionais e internacionais. Consideraram que importa que as comunidades, não só a de Coimbra mas no geral, se interessem pelo património e pelas comunidades cisterciences.

“Assinalar e celebrar os 800 anos da fundação deste templo é, certamente, para todos os conimbricenses, para todos os portugueses e para todos os que noutras geografias se interessam pelo património e pelas comunidades cistercienses, um motivo de orgulho e satisfação. Santa Maria de Celas, como todas as casas monásticas portuguesas, sofreu com a sua extinção e o seu abandono no século XIX, mas conseguiu reaver a atividade religiosa e conservar o seu edifício, reconhecido pelo grande interesse histórico e artístico”, referiu a Junta, lamentando que, apesar da sua arquitetura e das obras de arte que ainda conserva, não seja tão conhecido como deveria.

Com esta celebração, a Junta de Freguesia de Santo António dos Olivais quis reunir especialistas de várias áreas, cujos saberes se ligam à história da abadia ou que com ela se cruzam, e que trouxessem ao conhecimento dos vários públicos o que hoje se sabe, em particular sobre os primeiros séculos da existência da casa monástica, mais próximos das datas a que se associa fundação.

Carla Fernandes, Maria Helena Coelho, Luís Rêpas, Maria Rosário Morujão, Catarina Barreira, Samuel Gomes, Catarina Barreira, Miguel Seixas, Manuel Ferreira, Carla Gonçalves e Ana Pagará foram os especialistas que participaram neste evento.