O fotógrafo conimbricense Varela Pècurto celebra hoje (27 de abril) 95 anos. Em confinamento social, seguindo as recomendações da Direção Geral da Saúde, mantém, como conta a “O Despertar”, uma “mente sã” o que, no atual contexto provocado pela pandemia da Covid-19, o faz “ter ainda mais consciência e respeito” pelo que está a acontecer no país e no mundo.
Varela Pècurto, um dos mais antigos e reconhecidos fotógrafos portugueses, não é apenas um excelente fotógrafo, tanta vezes premiado e homenageado. É também um comunicador nato, com muitas histórias – e também ‘estórias’ – para partilhar. Hoje, ao celebrar orgulhosamente 95 anos, conta que desde que a Covid-19 nos surpreendeu a todos apenas saiu de casa uma vez, continuando, contudo, muito atento ao que o rodeia e ao que está a acontecer na cidade que adotou como sua, mas também no país e no mundo.
Bem conhecido de todos, Varela Pècurto será sempre uma figura reconhecida na cidade de Coimbra. Sempre com a sua máquina a tiracolo, percorreu ruas, praças e vielas e mostrou-nos Coimbra através da sua lente, presenteando-nos com novos olhares desta cidade que encanta todos os que por cá passam.
A Varela Pècurto conquistou-o desde que cá chegou, quando era ainda um jovem. Natural do Ervedal, no concelho de Avis, veio para Coimbra em 1948, acompanhado da esposa. Nunca mais de cá saíram. Começou por trabalhar na livraria Atlântida mas um ano depois já estava na casa de fotografia Hilda, no Largo da Portagem. A partir de então, fez de Coimbra também a sua cidade, percorrendo a pé cada um dos seus recantos e eternizando-os através das suas fotografias.