A Baixa de Coimbra transforma-se, hoje e amanhã, num grande palco musical. O Festival (in)Comum abre o programa das Noites Temáticas, evento promovido pela Agência para Promoção da Baixa de Coimbra (APBC) que vai trazer a música ao “coração” da cidade até outubro, sempre na última sexta feira do mês.
O Festival (in)Comum prolonga-se, contudo, por dois dias, hoje e amanhã, e volta a privilegiar a música independente, que se vai fazer ouvir em várias lojas e espaços públicos do centro histórico, num programa que inclui 12 ‘showcases’ acústicos, projeções de documentários, uma exposição, uma atividade de serviço educativo (destinada aos mais novos e a ser dinamizada na Rádio Baixa) e um concerto de Joana Espadinha, no Salão Brazil (hoje, às 22h00).
Durante a apresentação do evento, Ricardo Jerónimo, da Associação Lugar Comum, promotora do Festival, explicou que este evento caracteriza-se por ser “algo mais íntimo e ligado também ao comércio tradicional, estimulante para os artistas e também para o público”, congratulando-se com a adesão dos comerciantes, que percebem que “estas iniciativas são uma mais-valia para o seu negócio e para a cidade”.
Todas as atividades têm entrada gratuita (contudo limitadas à lotação dos espaços) e, durante todo o festival, o espaço da Rádio Baixa será ponto de passagem e viagem no tempo, quer seja para recordar as primeiras duas edições do festival com fotografias de Eduardo Gonçalves que compõem a exposição “Dois anos (in)Comuns”, ou para recuar ainda mais no tempo e regressar aos anos 80 do século XX através do visionamento dos “Arquivos Kino-Pop”, de Edgar Pera. Os ‘showcases’ têm como protagonistas April Marmara, Éme, Marinho e Santi Araújo e Joana Espadinha.
Este Festival abre as Noites Temáticas da APBC, que continuam a 30 de agosto com o fado, a 27 de setembro com o “Enigma Challenge” e a 25 de outubro com o jazz.
Vítor Marques, presidente da APBC, espera que estes eventos contribuam para a dinamização da Baixa, área que tem sido “o centro da atividade cultural da cidade”, dando como exemplo várias iniciativas promovidas pela Câmara e pela União de Freguesias de Coimbra. “A Baixa tem vindo a mostrar a sua vitalidade, embora a nível comercial não se verifique o mesmo, porque continuam muitas lojas encerradas nas artérias com mais visibilidade”, sublinhou.