O Euro2020, que arranca a 12 de junho, será na primeira fase dividido em seis grupos, que ainda não estão totalmente fechados pois falta apurar as quatro seleções a saírem das partidas do “play-off” a disputar em março.
O grupo A é um dos que está completo e perspetiva-se como dos mais equilibrados da competição para aferir quem segue em frente na prova. Itália, Suíça, Turquia e País de Gales prometem jogos intensos e de desfecho imprevisível.
Os italianos fizeram uma fase de apuramento imaculada com 10 vitórias em outras tantas partidas disputadas, marcando quase 40 golos e sofrendo apenas quatro. Vencedora da prova em 1968 e finalista vencida em 2000 e 2012, Itália quer apagar a má imagem deixada com o falhanço no apuramento para o Mundial de 2018 e apostou em Roberto Mancini, um dos melhores jogadores da sua geração, para voltar a levantar o ego transalpino.
O técnico pretende deixar a sua marca como selecionador, depois de já ter conquistado troféus ao nível de clubes em Itália, Inglaterra e Turquia.
Os italianos, quatro vezes, campeões do mundo (1934, 1938, 1982 e 2006) não são “reis da Europa” desde 1968, ano em que conquistaram o único troféu.
No Euro 2016, que consagrou Portugal, a “Squadra Azzurra” chegou ao quartos-de-final, sendo afastada pela Alemanha no desempate por penaltis.
Nas mãos do guardião Gianluigi Donnarumma, com a ingrata tarefa de suceder ao lendário Gianluigi Buffon, e nos pés do médio Marco Verratti pode estar muito do sucesso (ou não) dos transalpinos.
Em crescimento continua a seleção suíça, que depois de anos a não conseguir chegar às grandes provas tem nas últimas competições logrado ultrapassar a fase inicial e só “cair” nos oitavos-de-final, como sucedeu nos Mundiais de 2014 e 2018 e no Europeu de 2016, onde só foi afastada no desempate por grandes penalidades, diante da Polónia.
No apuramento para o campeonato mais europeu de sempre (vai ser disputado em 12 países…), os suíços apenas perderam numa ocasião e cederam dois empates em oito jogos.
Vladimir Petkovic é o homem que comanda as “tropas” desde 2014, ano a partir do qual os helvéticos têm garantido sempre acesso aos grandes palcos do futebol. Nascido em Sarajevo, na atual Bósnia, Petkovic está na Suíça desde 1997, tendo dupla nacionalidade. A sua mão é evidente na evolução e desenvolvimento da seleção que pode vir a ser uma das (agradáveis) surpresas do Euro 2020, assim seja ultrapassado o estigma de falhar nos jogos a eliminar.
E os turcos, o que esperar deles? Ultrapassada “euforia” do início do século, que parecia apontar para grandes feitos futuros, a realidade veio projetada em desempenhos inconstantes, onde o pior (várias vezes) e o melhor (poucas) se têm entrelaçado nas participações em grandes provas. Ainda assim, a Turquia apurou-se para cinco das últimas sete edições do Euro. A meia-final (perdida) no Euro 2008 foi um dos momentos altos dos últimos anos da seleção do país que tem um pé na Europa e outro na Ásia.
Sete vitórias em 10 jogos, com apenas uma derrota e três golos sofridos na fase de apuramento, são um bom indício para o que aí vem. Outro bom pronúncio foi o regresso de Senol Günes ao comando da equipa nacional e é fácil explicar porquê: o antigo guarda-redes orientara a seleção na épica conquista do terceiro lugar no Mundial de 2002 e no currículo conta com a conquista de seis títulos pelo Trabzonspor e dois campeonatos turcos pelo Besiktas. O homem tem veia ganhadora…
Bale. Gareth Bale. É no avançado que o País de Gales continua a confiar para repetir o feito de 2016 na qual chegou às meias-finais do Euro, sendo afastado do jogo decisivo por Portugal.
O avançado do Real Madrid já entrou no clube dos “trintões”, mas continua a ser o craque da equipa, sendo o recordista de golos na seleção galesa. E continua a faturar. Sorte para o treinador Ryan Giggs, antigo internacional por aquele país. A antiga estrela do Manchester United chegou ao comando da seleção no início de 2018 e na caminhada para o Euro 2020 o País de Gales somou quatro vitórias em oito jogos.
CURIOSIDADES DO EURO 2020
As equipas com mais títulos
Desde o início do Campeonato Europeu, excluindo este ano, que a Espanha e a República Federal da Alemanha são as equipas com mais títulos. A primeira levou para casa o de 1964, 2008 e 2012, vencendo duas vezes consecutivas. Já a seleção alemã é dona do título de 1972, 1980 e 1996.
As equipas com mais golos
A França foi a equipa que marcou mais golos num jogo da fase final, com um total de 14, em 1984. Também partilha o recorde de “mais golos num jogo da fase de grupos” (1984) com a Holanda (2008). Já a Jugoslávia foi quem sofreu mais golos num jogo da fase de grupos.
Os 100 golos de CR7
O português Cristiano Ronaldo está a um ponto de se tornar o segundo jogador a marcar 100 golos por uma seleção. Segundo a UEFA, o craque tem mais facilidade em marcar após o intervalo, mas também acumula muitos golos entre os 76 minutos e o apito final.
Eventos culturais nas cidades anfitriãs
O UEFA Festival irá trazer vários eventos a cada uma das cidades anfitriãs. Não é necessário bilhete e irá ocorrer durante 31 dias. Esta iniciativa promete uma celebração das artes, cultura, música e, sobretudo, futebol. Os locais dos eventos ainda não estão escolhidos, mas assim que estiverem disponíveis poderão ser consultados na aplicação do campeonato.
A Football Village em Roma
Situada na Piazza del Popolo e noutros locais das proximidades, a Football Village permitirá aos adeptos demonstrar as suas habilidades nos mini-campos de futebol, o visionamento dos 52 jogos em direto e disponibilizará bancas de venda de comida. Este evento acontecerá em cada uma das cidades anfitriãs, mas em Roma irá estender-se até ao Largo dei Lombardi, à Piazza Mignanelli, Piazza San Silvestro e Largo San Lorenzo in Lucina. Irá decorrer desde 11 de junho a 12 de julho.