24 de Abril de 2025 | Coimbra
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CLARA CORREIA

Esta madri(d)nha é minha!

11 de Junho 2021

Queridos leitores, a menina que gosta tanto de tocar guitarra e usa muitas vezes umas sapatilhas vermelhas, esta semana vai escrever sobre a sua madrinha…

A minha madrinha é uma “força da natureza” e eu arrisco-me a afirmar que se não tivesse esta senhora como madrinha não seria como sou… A minha madrinha sempre foi (e é) um exemplo de energia e de alegria. Conheço poucas senhoras com a energia da minha madrinha e (quase) ninguém tem uma gargalhada como a sua. A minha madrinha esteve (e está) sempre muito presente na minha vida. Esteve sempre ao meu lado nos melhores e piores momentos. É verdade que tudo é mais fácil porque, felizmente, somos vizinhas na Praceta. É uma sorte poder dizer que durante anos a minha madrinha e eu nos encontrávamos (quase) todos os dias. É verdade que no último ano isso voltou a acontecer porque quer a minha madrinha quer eu, passámos mais tempo em casa (e na nossa rua)…

Quando eu era pequenina ia muitas vezes brincar para casa da minha madrinha porque os seus filhos, embora mais novos, têm uma idade muito próxima da minha. Eu adorava aqueles sábados de brincadeira com crianças mais novas (um menino e uma menina) porque em casa tinha manas mais velhas. Como não podia deixar de ser, gostava de “dar chutos” na bola com o filho da minha madrinha e gostava de ler histórias à sua filha.

A minha madrinha é do concelho do Pai Augusto e também teve responsabilidades políticas na autarquia (foi presidente da Assembleia Administrativa da Câmara Municipal de Penela no pós-25 de Abril). Eu era pequenina quando isso aconteceu, mas foi sempre um exemplo muito inspirador para mim. Mãe, esposa e professora, apaixonada por viagens e por conhecer novos mundos e culturas… sou muito agradecida ao Pai Augusto e à Mãe Rosarinho por me terem dado a oportunidade de ser afilhada de quem sou e muito agradecida à minha madrinha pela sua disponibilidade para ser (todos os dias) madrinha desta menina.

Tenho alguns episódios muito giros com a minha madrinha, mas há um que recordo sempre com um sorriso no coração e que, queridos leitores, vai provocar uma boa gargalhada na minha madrinha, quando ler este texto… estávamos no ano de 2003 e eu estava a passar uma temporada de vida em Madrid. Tinha começado a trabalhar numa empresa sueca, no início desse ano, e estava de novo a viver no país vizinho. Uma amiga de Coimbra foi passar comigo uns dias por altura do meu aniversário e celebrámos esse dia, de que tanto gosto, a visitar alguns dos mais bonitos museus de Madrid. Fomos ao Museu do Prado e depois de uma simpática visita fizemos uma pausa para ir ao quarto de banho. Quando nos estávamos a aproximar da porta escutei uma gargalhada e disse para a minha amiga: “A minha madrinha está aqui, acabei de escutar a sua gargalhada!” A minha amiga olhou para mim com um “ar de gozo” e disse: “Não pode ser!” Passou pouco tempo até eu perceber que estava certa… a minha madrinha estava ali. Tinha ido até Madrid, em passeio com umas amigas, e ali estávamos as duas pertinho d’ “As Meninas” de Velázquez. Podem adivinhar, queridos leitores, como aquele nosso encontro foi “temperado” com umas belas gargalhadas e as amigas da minha madrinha estavam com a mesma cara de espanto que tinha a amiga que me acompanhava…

Queridos leitores, é com muita alegria e orgulho que “grito aos quatro ventos”: esta madri(d)nha é minha!


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