Das 820 mortes registadas até hoje (23 de abril) pelo novo coronavírus em Portugal, 327 ocorreram em lares de idosos. De acordo com a diretora-geral da Saúde, Graça Freitas, destes óbitos 180 ocorreram na região Norte, 106 no Centro, 39 na zona de Lisboa e Vale do Tejo, um no Alentejo e outro no Algarve.
Na habitual conferência de imprensa diária de atualização de informação sobre a pandemia em Portugal, Graça Freitas considerou que a percentagem de casos de Covid-19 na população mais idosa que vive em lares “é relativamente pequena”, lembrando, contudo, que esses espaços têm uma grande concentração de pessoas e que é fácil a propagação da doença, mesmo tomando as devidas precauções e as medidas de saúde já anunciadas.
“Obviamente que os lares são sítios de preocupação porque têm uma concentração de pessoas vulneráveis, uma população muito idosa e doente”, afirmou Graça Freitas.
Contudo, e apesar das preocupações com estes espaços, Graça Freitas afirmou que estar num lar “não é uma fatalidade” e sublinhou que “a grande maioria das pessoas que adoeceram nos lares estão bem e recuperadas”.