O projeto “@Baixa Coimbra”, apresentado pela Câmara Municipal, em consórcio com a Agência de Promoção para a Baixa de Coimbra e a associação de desenvolvimento local CoimbraMaisFuturo, no âmbito da medida “Bairros Comerciais Digitais”, do Plano de Recuperação e Resiliência, foi um dos 65 aprovados pelo Governo, tendo garantido um financiamento de mais de um milhão de euros.

As propostas foram apresentadas na semana passada, no Palácio da Bolsa (Porto), pelo secretário de Estado do Turismo, Comércio e Serviços, Nuno Fazenda. Na ocasião, a diretora-geral das Atividades Económicas, Fernanda Ferreira Dias, entregou aos promotores do “@Baixa Coimbra” uma declaração de compromisso para a implementação do projeto.

O vereador da Economia da Câmara Municipal, Miguel Fonseca, que esteve presente no evento enquanto líder do consórcio, declara que “este é um dia histórico para a Baixa de Coimbra, marca o início de um projeto transformador, que constituirá um ponto de viragem para o comércio desta zona da cidade, com vantagens em várias frentes para comerciantes, residentes e visitantes”.

A proposta une tradição e modernidade, estando prevista a utilização de ferramentas digitais “para gerar uma nova forma de relacionamento entre os comerciantes, os consumidores e o espaço público, contemplando, ainda, a criação de uma identidade visual comum”, adianta a autarquia.

A ideia é transformar a Baixa “num verdadeiro centro comercial ao ar livre, mas também online, conectado e adaptado às novas tendências de consumo, onde os clientes poderão fazer as suas compras e usufruir do espaço”.

A área delimitada pelo consórcio para a implantação do projeto, nomeadamente a Baixa da cidade, leva em conta fatores como “a forte densidade de espaços comerciais e de prestação de serviços” que caracteriza o local (836 estabelecimentos numa área de 24,5 hectares).

“A par do desenvolvimento da cultura de bairro e do destaque dado ao património e às indústrias criativas, no @Baixa Coimbra está prevista a introdução de mobiliário urbano inteligente, como mupis, bancos com tecnologia para carregar telemóveis, paineis informativos para visualizar, em tempo real, os lugares de estacionamento existentes” completa o Município.

Está ainda previsto o investimento em sistemas de informação digital e realidade aumentada, a operacionalização de uma plataforma de gestão inteligente de apoio à tomada de decisão e a monitorização da área de abrangência.

O projeto, que deverá estar implementado até o final de 2025, conta com um financiamento de 1,236 milhões de euros, o terceiro maior aprovado a nível nacional.

“A medida ´Bairros Comerciais Digitais` vai abranger 25 mil estabelecimentos a nível nacional e tem uma dotação total de 52,5 milhões de euros que deverá, em breve, ser reforçada com 25 milhões de euros, estando neste momento o Governo a aguardar a aprovação da Comissão Europeia”, elucida a Câmara.