A cidade de Coimbra vai ser coberta por uma onda de magia, de 20 a 25 de setembro, com o regresso da iniciativa Encontros Mágicos, para sua 26ª edição. Considerado “o maior e mais antigo festival de magia que se realiza em Portugal”, foi criado em 1992, apesar dos cinco anos de interregno que só o fez regressar em 1998.

O evento conta com a organização artística de Luís de Matos, com o apoio da Câmara Municipal de Coimbra. O investimento para a realização deste projeto é cerca de 73 mil euros “excetuando o apoio logístico que se for contabilizado ronda os 90 mil euros”, refere José Manuel Silva, presidente da Câmara Municipal de Coimbra.

O evento vai contar com a participação de 16 artistas, de nove países da Ásia, América do Sul e Europa. Vão estar presentes mágicos oriundos de países como Argentina, Bélgica, Brasil, Chile, Coreia do Sul, Dinamarca, Espanha, Itália e Portugal.

Luís de Matos, na apresentação do evento na passada terça-feira, destacou a presença “do belga Laurent Piron, que há cerca de dois meses foi eleito o número um do Campeonato Internacional de Magia, da espanhola Célia Muñoz, uma das finalistas do American Got Talent, do português Gabriel Ferreira, influencer nascido na cidade de Coimbra e a do argentino Soy Rada que tem já dois especiais na Netflix”.

O Festival de Magia divide-se por cinco linhas de ação: Magia de Rua, no centro de Coimbra e em freguesias limítrofes, a Escola de Magia, a Magia na Escuridão – que é vocacionada para os invisuais -, a Magia Solidária e as Galas Internacionais de Magia, que decorrem no grande auditório do Convento São Francisco, nos dias 23 e 24 de setembro. Tanto as Aulas de Magia como a Magia na Escuridão, apesar de gratuitos, necessitam de reserva/inscrição. Para as Galas, os bilhetes estão à venda na BOL.

Magia pela cidade

No programa inclui-se a Magia de Rua que acontecerá em espaços como a Praça 8 de Maio, Rua Visconde da Luz, Rua Ferreira Borges, Praça do Comércio, Parque Manuel Braga, Praça das Bandeiras do Convento São Francisco, Largo da Portagem e no Parque Vale das Flores. Este ano o festival voltará à sua versão pré-pandémica, pelo que não há necessidade de reserva de bilhetes para os espetáculos de rua.

Apesar dos espaços mencionados, o festival não acontecerá apenas no centro da cidade, “numa lógica de descentralização e de promoção do acesso à cultura e às artes, em cinco freguesias periurbanas de Coimbra, como Almalaguês, São Silvestre, Torres do Mondego, Assafarge e Arzila, privilegiando este ano novas localidades, que ainda não tinham sido abrangidas por nenhuma edição dos Encontros”, realçou o chefe da Divisão de Cultura e Promoção Turística da autarquia, Paulo Pires.

A componente solidária também é uma das marcas dos Encontros Mágicos, aliando, assim, as dimensões social e cultural de modo a abranger diversos contextos e públicos. A Magia Solidária contará, assim, com espetáculos a decorrer na Casa da Infância Doutor Elysio de Moura, no Lar de S. Martinho do Bispo e no Colégio dos Órfãos de São Caetano.

Na sequência do êxito da iniciativa “Aula de Magia”, iniciada em 2015, esta ação volta a repetir-se este ano na Casa das Artes Bissaya Barreto. Tal como no passado vai haver três perfis de atividades: nível I, nível II e uma Aula de Magia, no dia 21 de setembro, para crianças com necessidades especiais do Centro de Atividades e Capacitação para a Inclusão – CACI-APPACDM.

O espetáculo “Magia na Escuridão” a cargo do artista chileno Juan Esteban Varela protagoniza uma experiência verdadeiramente inclusiva, sem precedentes, convidando a comunidade invisual a “ver” um evento de magia em que o sentido da visão não intervém. Aos não invisuais serão colocadas vendas para que assistam e vivam esta experiência única em circunstâncias tendencialmente idênticas. Este espetáculo decorrerá, de terça a sábado, na Blackbox do Convento São Francisco.