A Câmara de Coimbra conseguiu um financiamento de 1,24 milhões de euros, no âmbito do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) para investir na recuperação da Baixa da cidade, com enfoque na componente digital.

O financiamento surge após uma candidatura, que junta a Câmara Municipal, a Agência para a Promoção da Baixa de Coimbra e a CoimbraMaisFuturo, aos “Bairros Comerciais Digitais”, do PRR.

De acordo com a autarquia, a candidatura da Baixa da cidade recebeu o terceiro maior montante a nível nacional, entre as 65 candidaturas aprovadas de um total de 160.

O projeto, intitulado “@BaixaCoimbra”, prevê a utilização de ferramentas digitais para “gerar uma nova forma de relacionamento entre os comerciantes, os consumidores e o espaço público, contemplando, ainda, a criação de uma identidade visual comum”, sublinhou a Câmara.

Segundo o Município, o projeto “vai transformar a Baixa da cidade num verdadeiro centro comercial ao ar livre, mas também ‘online’, conectado e adaptado às novas tendências de consumo, onde os clientes poderão fazer as suas compras e usufruir do espaço”.

O projeto está inserido na área da Baixa, num total de 24,5 hectares, com 836 estabelecimentos comerciais e de serviços, “procurando responder às principais fragilidades daquela zona da cidade”, reforçou.

Introdução de mobiliário urbano inteligente (como bancos com tecnologia para carregar telemóveis ou painéis informativos com os lugares de estacionamento existentes em tempo real), implementação de tecnologias para vendas “online” e a criação de uma identidade visual comum para a zona são algumas das propostas presentes na candidatura.

“@BaixaCoimbra” contempla ainda a criação de sistemas de entregas “click & collect” (com cacifos públicos), atividades para atração de visitantes, apoio na adaptação dos estabelecimentos aos meios digitais, residências artísticas e programas de arte urbana e iluminação inteligente e estruturas de controlo de tráfego, com recurso a pinos, entre outras propostas.

A autarquia considera que este projeto “é uma oportunidade para Coimbra impulsionar o crescimento económico, promover a proximidade e a coesão territorial, bem como a digitalização dos operadores económicos e dos seus modelos de negócio”.