O cirurgião Manuel Antunes, que dirigiu durante 30 anos o Centro de Cirurgia Cardiotorácica do Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra, visitou, esta semana, o Hospital Compaixão, em Miranda do Corvo, a convite do presidente da Fundação ADFP, Jaime Ramos.
“É uma dor de alma ver esta unidade hospitalar fechada”, disse Manuel Antunes, durante a visita ao Bloco Cirúrgico. No final, o cirurgião elogiou o novo hospital que, segundo a Fundação, “está pronto desde abril” mas que continua fechado porque continua à espera do acordo com o Serviço Nacional de Saúde (SNS).
No final da visita, Manuel Antunes considerou que esta é “uma unidade espantosa pelo seu equipamento de ponta e instalações amplas, que não deixa nada a dever às modernas unidades de saúde, públicas ou privadas, recentemente construídas na nossa região”. Destacou, ainda, as dimensões generosas nos gabinetes, a luminosidade natural e a qualidade construtiva e técnica desta unidade hospitalar. Lamentou que o hospital ainda não esteja a funcionar, uma vez que está pronto a fazê-lo, podendo “começar já amanhã, se as nossas autoridades locais, regionais e nacionais abrissem os olhos”.
Sensibilizado para os problemas que as pessoas do Pinhal Interior enfrentam na acessibilidade aos cuidados de saúde, Manuel Antunes foi mostrando a sua incompreensão pelas dificuldades que a Fundação tem encontrado para assinar um acordo de cooperação que permita a integração desta unidade hospitalar no SNS.
“Estamos numa região relativamente isolada, com muitas necessidades ao nível da saúde, que podem ser, em grande parte, satisfeitas ou servidas por esta moderna unidade hospitalar”, concluiu.