A Cáritas Diocesana de Coimbra lembra que abril é o Mês da Prevenção dos Maus Tratos na Infância, considerando que “a melhor forma de prevenir é estar informado”.
Através do seu projeto “Sem Diferenças E7G” pede que “sejamos cuidadores dos outros”, um pedido que, como realça a instituição, tem ainda mais sentido numa época em que é fundamental manter o distanciamento social para combater a pandemia. “Estão todos longe uns dos outros, sem se poder abraçar ou até ficar perto, e enquanto isso muitos estão em casa junto dos seus agressores”, alerta.
No sentido de chamar a atenção para a Prevenção dos Maus Tratos na Infância, o projeto Sem Diferenças E7G partilhou a história do movimento Laço Azul, que nasceu em 1989 nos Estados Unidos da América, concretamente no Estado da Virgínia, tendo sido criado por Bonnie W. Finney, depois de saber que os seus netos tinham sido vítimas de maus-tratos por parte dos pais. As crianças apresentavam nódoas negras pelo corpo. O neto acabou mesmo por ser assassinado pelos pais. Como maneira de lidar com a dor, atou um laço azul à antena do seu carro. “Escolheu esta cor com a finalidade de representar os corpos magoados e repletos de nódoas negras dos seus dois netos, tornando-se ao mesmo tempo um símbolo de alerta para a luta na proteção das crianças contra os maus-tratos”, recorda a Cáritas, acrescentando que “o movimento ganhou relevância a nível mundial”, enfatizando “o efeito da preocupação que cada cidadão pode ter no despertar das consciências da população, em relação aos maus-tratos contra as crianças, na prevenção, promoção e proteção dos seus direitos”.
“Esta é uma causa abraçada pela Cáritas Diocesana de Coimbra, que trabalha diariamente para travar os maus-tratos a crianças, bem como todo e qualquer tipo de violência. Desde o acolhimento temporário de crianças em risco, às ações de sensibilização e aos projetos, são várias as atuações da instituição na área”, realça.