A Associação “Bate Bate Coração” e a Associação Portuguesa de Portadores de Pacemakers e CDI’s (APPPCDI’s) lançaram, no sábado, Dia Mundial do Coração, a campanha “O meu coração sou eu”, um conjunto de testemunhos reais de doentes cuja vida foi salva por um pacemaker.
Esta campanha pretende alertar a população portuguesa para alguns dos sintomas da bradicardia (que se caracteriza por um ritmo cardíaco lento, normalmente com menos de 60 batimentos por minuto) e educar sobre o que são pacemakers – um dispositivo de que muitos portugueses já ouviram falar, mas sobre o qual ainda há muitas dúvidas.
A campanha “O meu coração sou eu” visa também desmistificar noções imprecisas sobre a complexidade dos procedimentos de implante de um pacemaker, explicar como é a vida dos doentes após a colocação deste dispositivo e exemplificar, com casos reais, como é que as novas tecnologias podem estar presentes na vida de todos – dos mais jovens aos mais idosos.
O tratamento com pacemaker é comum no contexto da bradicardia. Em Portugal já se implantam pacemakers desde a década de 60, mas só em 2017 é que o nosso país atingiu a média de implantes da Europa, alcançando o marco de 1.000 pacemakers implantados por milhão de habitantes.
Apesar de ser uma terapia com vários anos, muitas pessoas ainda desconhecem o tratamento e também alguns mitos sobre a doença. Para desmistificar e esclarecer, esta campanha conta com os testemunhos reais de quatro portadores de pacemakers.
Carlos Morais, cardiologista e presidente da associação “Bate Bate Coração”, explica que esta campanha “mostra como os problemas de ritmo cardíaco não escolhem género nem idade, mas, hoje em dia, podem ser facilmente tratados pela colocação de dispositivos como os pacemakers em intervenções que habitualmente são simples e de rápida recuperação para o doente”.
Já António da Silva Gomes, presidente da APPPCDI’s realça que “a iniciativa ‘O meu coração sou eu’ pretende lembrar que os portadores de pacemakers podem ter uma vida perfeitamente normal, ter filhos, por exemplo, ou até fazer coisas extraordinárias como correr uma maratona”.