Depois de um longo período de um certo pessimismo, ou do deixa correr, o homem da cidade, ou popular se quisermos, motiva-se num manancial de conhecimentos ou de saber emancipar-se da nefasta tutela da Universidade, da doutorice, da curvatura ridícula, da estafada imagem Homem-Universidade, no seu pior sentido e escreve magnificamente na imprensa e alguns escrevem os seus livros.
É este homem normal que se vai cruzando nas nossas ruas que surge, de vez em vez, com obras literárias, arte, e deixou o marasmo de passar o tempo e a cidade é hoje fonte de tendências sensitivas, com exposições, concertos, uma tomada de consciência que é o entretenimento adulto que faz parte da psicologia que é intrínseca ao habitante sempre solidário no fazer melhor pela cidade como foi há uma boa vintena de anos o fulgor que a pintura alcançou com os melhores intérpretes do país.
Convivi com escritores, romancistas, novelistas, poetas, com a arte local e exarei na imprensa local e de fora o mistério universal do génio do criador da cidade, desta Coimbra, que, de vez em quando, dá um safanão ao marasmo.
No século passado existiram iniciativas inéditas nas artes-plásticas com exposições de rua a lembrar o que se faz em Paris e os livros iam aparecendo em momentos de festa, de convívio social. Na apresentação das obras que abriu o gosto de todos responsáveis pela cultura ou os que têm intenção de fugir à inércia com uma nova didática ou uma nova retórica.
Criou-se outra originalidade no comportamento do homem da nossa urbe, de estar no contexto duma sociedade aberta, no falar, no traduzir, com rara matéria-prima e surge gente mais hodierna, mais aguda nos conceitos ou mesmo estéticas, da cultura empírica de “desconhecidos” se revelarem com aprumo nas páginas dos nossos jornais.