23 de Maio de 2025 | Coimbra
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Bombeiros Voluntários de Coimbra querem extensão em São Martinho do Bispo

17 de Abril 2025

A cidade de Coimbra assinalou no domingo (13), no Pavilhão Centro de Portugal, os 136 anos da Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Coimbra. Durante a cerimónia, o presidente da direção, João Vasco Ribeiro, revelou que já se trabalha na criação de uma nova extensão da corporação em São Martinho do Bispo, afirmando que este projeto “vai mesmo avançar”.

“São Martinho vai ser uma realidade, não pode ser uma promessa. Queremos soluções e temos uma: a extensão será um sinal claro de resposta eficaz também na margem esquerda do Mondego”, sublinhou João Vasco Ribeiro, destacando que esta nova infraestrutura permitirá o estacionamento de veículos mais pesados, muitas vezes utilizados em ocorrências florestais fora do centro urbano.

Esta decisão reflete não apenas uma necessidade operacional, mas também uma visão estratégica para melhorar a cobertura do território. “A margem esquerda do Mondego precisa de ser cuidada”, alertou João Vasco Ribeiro, destacando que esta expansão permitirá uma resposta mais célere e eficaz a emergências fora do perímetro urbano. O novo espaço não só acolherá veículos pesados como também representa uma aproximação física e simbólica às populações daquela zona, reforçando a proximidade e o compromisso dos bombeiros com toda a cidade.

A cerimónia ficou também marcada pela bênção de um novo veículo ligeiro de Combate a Incêndios (VLCI). “Temos vindo a renovar a nossa frota e já temos uma nova ambulância encomendada. É um esforço contínuo para manter os nossos operacionais bem equipados”, afirmou o presidente da associação.

O comandante Ricardo Tavares reforçou que “a aquisição frequente de meios técnicos é essencial para garantir os elevados níveis operacionais” e lembrou o simbolismo da nova viatura.

 

Um apelo à valorização dos bombeiros voluntários

Durante as celebrações, foi também feito um apelo à revisão das condições dos bombeiros voluntários, nomeadamente no que diz respeito ao regime dos estagiários. “Formamos bombeiros em seis meses, mas a lei exige um ano de estágio. É um constrangimento que precisa de revisão urgente”, alertou o comandante Ricardo Tavares.

João Vasco Ribeiro reforçou a importância de valorizar o desempenho dos voluntários, revelando que a direção já implementou prémios de desempenho como incentivo à dedicação e ao mérito.

Em 2024, o Corpo de Bombeiros Voluntários de Coimbra interveio em 6.320 ocorrências, percorrendo 185 mil quilómetros e empenhando mais de 14 mil operacionais. Os números foram destacados com orgulho por Ricardo Tavares. “Temos bombeiros que trabalham muito e fazem com que os objetivos sejam sempre exequíveis”.

José Manuel Silva, presidente da Câmara Municipal de Coimbra, enalteceu o trabalho da atual direção da associação e revelou que o apoio financeiro do município aumentou de 120 mil para 150 mil euros anuais. “Temos orgulho nas nossas corporações de bombeiros e em especial no dinamismo e investimento dos Voluntários de Coimbra”, disse.

O autarca revelou ainda que já foi aprovada a candidatura para a aquisição de um novo veículo de combate a incêndios florestais, sublinhando que “Coimbra é uma cidade segura graças à prontidão destas corporações”.

 


  • Diretora: Lina Maria Vinhal

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